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Delinquentes organizados tiram São Paulo do Morumbi. E aí, Juvenal?

Menon

25/10/2013 16h59

Juvenal Juvêncio criou corvos e eles lhe arrancaram os olhos. Depois de levar membros da Independente para dentro do clube, depois de estreitar relações com a torcida – que, mesmo nos piorres momentos da crise recente impedia torcedores "normais" de protestarem contra a diretoria – que argumentos Juvenal vai utilizar para protestar contra o STJD que tirou quatro mandos do time por conta de brigas no clássico contra o Corinthians?

Há amigos muito capacitados que são contra a punição ao clube. Acreditam que o cidadão que fez a briga é que deve ser punido. Ora, uma coisa não invalida a outra. A única maneira de o clube se defender é dizer ou provar que não tem relações estreitas com a torcida. E como fazer isso, se ela é unha e carne com Juvenal? A punição é justa.

E quanto às pessoas? É lógico que devem ser punidas e a ausência de castigo é prova da falência da justiça. Há uma estranha leniência diante de torcidas organizadas. Elas são convidadas inclusive a participar de reuniões do poder público que delimitam com o que fazer contra a violência das….torcidas organizadas. Não é surreal? É como se fossem fazer reuniões para enfrentar o assalto a bancos e convidassem assaltantes de banco para participar.

Enquanto os clubes não derem provas concretas de que estão longe desses bandos criminosos, que não os sustentam, que não favorecem a sua vida, precisam ser punidos sim.

O triste é o seguinte: imagine que o São Paulo escolha Araraquara ou Prudente para mandar seus jogos. Que tipo de torcedor vai até lá? Eles, os bandidos que são tão bem tratados pela diretoria. O clube é punido. O time é punido. O torcedor comum é punido. Os vagabundos, não.

Bem, quem os pariu que os embale.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.