Topo

Menon

Scolari humilha a seleção brasileira

Menon

29/10/2013 22h28

A seleção brasileira de futebol é referência no mundo inteiro. Não apenas referência futebolística – ganhou cinco títulos sem nunca utilizar algum jogador naturalizado – mas referência de brasilidade. É uma grande representante da excelência brasileira, é um atestado de nossa capacidade de jogar esse esporte criado pelos ingleses de uma maneira que ninguém mais sabe. Quando se vê Neymar, Garrincha, Pelé há a certeza de que é um jogador brasileiro. Ninguém joga como nós, no nosso estilo.

Ao contrário do que pensa a geração do sofá, ao contrário do que pensam aqueles que adorariam haver nascido longe daqui, a seleção brasileira é adorada em todo o mundo. É o time preferido de quem não tem time. E até quem tem, passa a adotar o Brasil assim que seu time cai fora.

Uma seleção amada no mundo, uma seleção que é referência de futebol e de brasilidade, não pode ser colocada na situação de ser escolhida ou não por algum jogador. Muitos adorariam vestir a camisa amarela, mas ela não é para todos. Diego Costa, pela flexibilização incentivada pela Fifa, tem o direito de escolher entre jogar pelo Brasil ou pela Espanha. O errado é dar a ele o direito de escolher. Ninguém deveria ter esse direito. E Felipão permitiu isso.

Não sei se foi por esperteza ou por inabilidade do treinador, mas a bobagem foi feita. Talvez ele quisesse impedir a Espanha de ter um centroavante, mesmo que não fosse utilizá-lo. Talvez tenha pensado que seu sotaque gaúcho faria Diego Costa correr. De qualquer modo, Felipão errou. Ele deveria ter a certeza da decisão de Diego Costa antes de convocá-lo. Não dar a ele o direito de escolhar. Não colocar a seleção brasileira nessa situação.

Ulysses Guimarães, um dos nossos grandes politicos, dizia que adorava reunião. Desde que tudo estivesse resolvdo antes.

Bastava um telefonema, bastava uma conversa franca com Diego Costa. Se ele quisesse jogar pelo Brasil, seria convocado. Se não quisesse, boa sorte. Custava fazer isso?

Felipão e Marin não fizeram. Deram a Diego Costa o direito de vir a público e dizer não ao Brasil. Um direito dele. Uma bobagem nossa. O Brasil saiu humilhado por um jogador que não tem futebol para se comparar com os grandes centroavantes de nossa história. 

Por fim, vamos deixar bem claro que Diego Costa não se sente espanhol porcaria nenhuma. Se ele se sente espanhol porque aceitou a convocação brasileira há alguns meses? Naquele tempo, ele era brasileiro? Ele fez sua escolha, lhe deram o direito de fazê-la mas não tem nada de amor na sua escolha. Foi business, beibe

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.