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Ameaçado, técnico de Sorocaba negocia com palmeirenses para trabalhar

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05/11/2013 13h26

Paulistano e Liga Sorocabana fazem hoje, dia 5, em São Paulo o jogo decisivo do playoff que decide qual dos dois se classifica para as semifinais do campeonao paulista. A série está empatada por 2 a 2. E a Liga Sorocabana só soube hoje, durante a tarde que poderia contar com seu treinador, Rinaldo Rodrigues. Depois de muita negociação com torcedores do Palmeiras, sim do Palmeiras, ele conseguiu "permissão" para trabalhar na partida.

Tudo começou no ano passado, em partida pelo NBB, quando a Liga foi enfrentar o Palmeiras em São Paulo. Durante a partida, Rinaldo gritou um "vai, Timão" para provocar os torcedores. "Foi um grande erro meu. A gente estava perdendo por 20 pontos e eles não paravam de xingar. Perdi a cabeça e, para não dizer um palavrão, gritei vai Timão. Foi pior do que palavrão, precisei sair de lá ajudado pelos jogadores, criei uma revolta muito grande. Me arrependo muito dessa minha atitude ".

Depois disso, Rinaldo passou a ser ameaçado por torcedores do Palmeiras, através do facebook e de telefonemas. No primeiro jogo da série contra o Paulistano, em São Paulo, eles foram até a quadra e fizeram muitas ameaças a Rinaldo. "Ficaram inibindo, ficaram ameaçando e criaram um clima muito ruim". No jogo seguinte, eles não compareceram, pois havia jogo do Palmeiras no mesmo horário.

As ameaças continuaram e Rinaldo ficou em dúvida em comparecer no jogo decisivo. Então, procurou ajuda. Conversou com o pivô Tiagão, do Palmeiras, que intercedeu junto aos torcedores. E lhe deu o telefone de dois membros mais ativos da torcida. "Liguei para Vanessa Amaral e Diego Izar e expliquei tudo. Pedi desculpas, disse que cometi um erro muito grande e eles entenderam. Me deram palavra de honra que nem irão à quadra."

Livre para trabalhar, Rinaldo resolveu acompanhar o time. "Nosso esporte precisa de notícias boas e é isso que todos queremos. Vamos para o jogo e faremos de tudo para conseguir a vaga".

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.