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Menon

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Menon

26/11/2013 06h01

A História foi feita uma vez mais. Em seu final de carreira, tem sido uma constante Rogério Ceni nos brindar a cada domingo um dado a mais para os anais. Com 20 anos de trabalho digno, ele ganhou títulos, defendeu muito, fez gols, falhou como todo ser humano e agora se transformou no jogador com mais partidas por um mesmo time.

Rogério é um mito. Os seus adoradores o tratam por Ele, como os religiosos tratam Deus. Os seus inimigos fazem de tudo para demerece-lo. Tratam-no como um bom cobrador de faltas e nada mais. Como um goleiro comum, que gosta de se ajoelhar à frente do atacante. Bem, quem diz isso sabe que está no mínimo exagerando.

Com seus méritos, com seus defeitos, a dúvida não existe quando se mensura a sua importância dentro do futebol. É um grande. É um gigante. Um gigante que, ao bater recordes, está se despedindo do futebol. Podem ser mais três ou mais cinco jogos. Pode ser isso e mais um ano. Não se sabe. Mas o fim está  próximo.

E é bonito ver a história sendo construída à nossa frente. Mesmo que seja uma história triste, como a despedida de um gigante. Mas é um privilégio ver Neymar crescer, deixar de ser o filé de borboleta para ser um craque, é bonito ver Messi ameaçar Maradona, é importante ver Rogério deixar uma carreira gloriosa.

E, no final, Rogério nos deixa uma legado a mais. Mostrou um lado que poucos imaginariam: um jogador rico, famoso e deixando a carreira se importar com o futuro do futebol. Poderia ser individualista como sempre se imaginou que fosse. Mas, além de gols, defesas e falhas também, nos brinda com preocupação com o esporte que ama.

Rogério, o gigante, se despede ainda maior do que foi. Tomara que continue por mais um tempo.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.