Tite: emoção, homenagem merecida e novo vexame
Mais de 30 mil corintianos saudaram Tite, que fez sua última partida no Pacaembu à frente do clube. Diante de tanto sucesso, parece claro que voltará um dia. Será uma sombra enorme para quem sentar no banco do clube a partir de agora. Comparação será terrível. Afinal, ele ganhou só uma Libertadores e um Mundial, entre outros títulos. Será muito difícil alguém chegar perto do que o gaúcho fez.
Merece todas as homenagens.
O jogo, porém, foi outro vexame do time de Tite no Brasileiro. Foi o 17º empate em 37 jogos. Novamente, houve uma escalação estranha, sem ninguém de referência. Renato Augusto de "falso nove" é inexplicável. Romarinho foi titular absoluto e intocável de Tite no Brasileiro. Fez apenas um gol. Qual o sentido de sua manutenção?
Tite teve um turno inteiro para dar jeito no time e nada conseguiu. Manteve Sheik – e precisava manter mesmo pois pediu a renovação de seu contrato – e avalizou contratações como Diego Macedo e Rodriguinho. O time jogou o campeonato inteiro sem apresentar surpresas técnicas ou táticas. É o mesmo e-qui-lí-brio sonolento sempre.
Contra o Inter, um dado ainda mais vexaminoso. O adversário perdeu o volante Willians a oito minutos do segundo tempo. Tirou Jorge Henrique e colocou João Afonso. E nada do Corinthians furar a retranca. Tite mostrou novamente um futebol sem força, sem inspiração, sem brilho e vontade.
Um técnico que vê essas características se repetirem a cada rodada e não consegue mudar, precisa sair mesmo. Seu trabalho foi ótimo, mas esse Brasileiro foi um vexame. Um vexame, não. Muitos vexames.
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