River quer Lugano. O São Paulo, não

Enzo Francescoli, o uruguaio que foi um dos maiores ídolos da história do River Plate, assumiu, a convite do novo presidente Rodolfo Donofrio, eleito dia 15, o cargo de diretor de futebol do clube. E disse que contratar Diego Lugano, capitão da seleção uruguaia, é sua prioridade. Disse que é difícil mas não impossível e que lutará pela contratação. Lugano tem vínculo com o West Bron, da Inglaterra e não tem feito boa temporada, como também não fez no Málaga e PSG, seus clubes anteriores. Não tem certeza de renovar o contrato com o time inglês.

O São Paulo, onde Lugano nasceu para o futebol e brilhou de 2003 a 2006, não deve entrar na briga para repatriá-lo. No final do ano passado houve um início de negociação, abortado quando o zagueiro disse que gostaria de receber no Brasil o mesmo que na Europa, algo em torno de R$ 800 mil mensais. A preferência recaiu sobre  Lúcio, que acertou por algo em torno de R$ 500 mil.

Além da questão salarial há uma certa desconfiança sobre o momento técnico de Lugano, que, depois de uma passagem brilhante pelo futebol turco, fracassou na França, Espanha e Inglaterra. Há o medo de contrata-lo e ele não render. A idolatria da torcida por Lugano é tão grande que seria difícil coloca-lo no banco de reservas.

Marco Aurélio Cunha, da oposição, tentaria contratar Lugano, mas isso só seria possível se a chapa que integra com Kalil Rocha Abdalla vencesse a eleição de abril. Ele ainda acredita no futebol do uruguaio. "Comigo, tenho certeza que ele aceitaria um salário mais de acordo com a realidade do futebol uruguaio".