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Carlos Miguel: "não tenho nada contra a Portuguesa"

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15/01/2014 18h44

Carlos Miguel Aidar, candidato à presidência do São Paulo, será advogado da CBF no caso que envolve Lusa, Flamengo e Fluminense e que definirá quem serão os rebaixados para a Série B do Brasileiro. Ele falou ao blog sobre o assunto

1) Você sempre defendeu a tese de que a CBF deve cuidar apenas da seleção e que os clubes devem gerenciar o campeonato brasileiro. E que gostaria, como presidente do São Paulo, de comandar esse processo. Ao aceitar defender a CBF você não se afasta da tese?  Não cria inimigos/

Não. Se for presidente do São Paulo continuarei a lutar por isso. Inclusive, acho que é bom para a CBF também. E não estou contra Portuguesa ou Flamengo. Inclusive, se algum clube entrar nesse processo, juntamente com a CBF, eu me retiro. Preciso esclarecer também que o meu escritório está auxiliando o Carlos Eugênio Lopes e a CBF, não eu. Minha assinatura não está em lugar algum do processo. São outras pessoas que estão fazendo isso.

2) O São Paulo tem fama de arrogante e elitista. Ao se colocar junto à CBF e contra a Portuguesa, essa fama não pode aumentar?

Olha, se aumentar, eu vou dormir bem do mesmo jeito. Não é arrogante quem trabalha. Não é arrogante quem defende uma tese. E eu concordo com a tese, a justiça esportiva deve prevalecer. Não é arrogante quem defende o bem para o seu clube. Eu serei presidente do São Paulo e não de outro clube.

3) Quantos clubes você defende no Brasileiro?

No máximo 16 por Série. Os clubes de menor expressão abominam essa ideia, mas é boa para eles também. Com menos jogos, haverá mais datares. Vou lutar por isso.

4) Você acha mesmo que não tem influência de interesses o presidente de um clube ser advogado da CBF?

Não. Mas, se mudar de ideia, eu renuncio à causa e não ao São Paulo. Esse caso vai demorar muito e não se sabe o que vai ter. E o fato e eu lutar pela Liga pode até fazer que a decisão de ruptura saia da CBF. Eles podem desistir antes.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.