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Menon

O desesperado apelo de Regla Bell

Menon

21/01/2014 09h55

Aos 43 anos, uma das maiores jogadores da história do vôlei vive um momento muito duro. Regla Bell, que juntamente com Mireya Luis, Regla Torrees e Magaly Carbajal formou um quarteto de altissimo nível, base da seleção cubana que venceu três Olimpíadas e dois Mundiais seguidos, de 1992 a 2000. joga no Clube Murillo, da Espanha.

O clube não quis renovar o vínculo e Bell, que vive há oito anos na Espanha, precisa receber a autorização da Federação Cubana para se transferir. Os dirigentes pediram um valor que nenhum clube aceitou pagar. Regla está sem emprego e anunciou a aposentadoria forçada, em sua página no facebook. Fez um desabafo emocionante. Ela escreve de uma maneira rápida, com erros de virgula e pontuação. É um desabafo impressionante. Leia abaixo o texto e em seguida a tradução.

 

Me retiro un tanto forzado com mucha triteza y frustacion, muchos años en la elite y com muchos logros a base de esfuerzo y dedicacion creo que no me meresco esto.pero hoy todo es asi me siento muy mal.nerviosa y trite.He habldo en mas de una ocacion com la federacion teniendo ellos en cuenta ellos de sobra los años que tengo y llevo en el voly ya com una edad apesar de todo sigo jugando y entrenando pues esta federacion que nunca hace nada solo trincar por cada jugador me ha dado las espaldas,muy duro pero ha sido hasi ellos estipulan que mi trasfer a estas alturas es elevadicimo casi el doble de lo que cualquier club me pueda pagar cosa que no se entiende acsurdamente en estos tiempos que coren.llevo jugando aca en españa casi 8 años en los que la federacion no se implica solo para cobrar su tranfer y nada mas.  Por todo ello estoy pasandolo muy mal desde que inicio la temporada aca en españa pero sim poder jugar en ningun lugar de EUROPA,estoy pasando uno de los momentos mas dificiles de mi vida todo se me desvanece sin solucion alguna yo y mi familia,he sido el sosten durante este tiempo puesto que cuando mi marido llego a españa por la recidencia familiar no podia trabajar de nada cosa que ha llevado muy mal.Ha pasado mucho tiempo haciendo cursos de todo tipo y entregando curriculos por todos lados sim ver resultados es muy frustante y triste solo nos damos animos con pocas esperanzas.Me veo com un final deportivo muy trite y agoviante muy nerviosa PIDO AYUDA DESESPERADAMENTE SI ALGUIEN ME PUEDE AYUDAR GRACIAS.

"Me aposento forçada, com muita tristeza e frustração, muitos anos na elite, com muitos exitos, á base de esforço e dedicação, creio que não mereço isso, mas hoje tudo é assim, me sinto muito mal, nervosa e triste. Falei mais de uma vez com a Fedeeração tendo eles em conta os anos que tenho de vida e de volei e ja com uma idade apesar de tudo sigo jogando e treinando pois essa federação que nunca faz nada pelos jogadores me deu as costas, muito duro mas a vida tem sido assim, eles estipulam minha liberação a essa altura, muito elevado, quase o dobro do que qualquer clube pode pagar cosa que não se entende absurdamente em esses tempos que vivemos. Estou jogando na Espanha há oito anos nos quais a federação não se importa com nada só em cobrar a transferencia e nada mais. Por tudo isso, estou passando muito mal desde que começou a temporada aqui na Espanha mas sem poder jogar em lugar nenhum de EUROPA, estou passando um dos momentos mais difíceis da minha vida tudo me desvanece sem solução alguma eu e minha família, sou o suporte durante este tempo todo posto que quando meu marido chegou a Espanha não podia trabalhar de nada, o que foi muito ruim. Passou muito tempo fazendo todo tipo de cursos e entregando curriculos por todos os lados sem ver resultados é muito frustrante e troste só nos animamos mas sem muita esperança. Me vejo com um final esportivo muito triste e agoniante muito nervosa PEÇO AJUDA DESESPERADAMENTE. SE ALGUÉM ME PUDE AJUDAR, OBRIGADO.

Enquanto isso, a federação cubana negocia com jogadoras que deixaram o país para que retornem e participem do ciclo olímpico. Daimi Ramirez, que jogou no Brasil, disse no facebook que foi convidada a retornar e ser a capitã. Ela disse ainda que há incerteza pois não se sabe se, ao retornarem, perderão o status de profissional e não poderão sair novamente. Não há certeza de que podem jogar profissionalmente fora de Cuba e defender a seleção ao mesmo tempo.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.