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Lusa entra na Justiça Comum no dia 19

Menon

07/02/2014 20h28

A Portuguesa já tem feita a ação que encaminhará à Justiça Comum no dia 19 , para tentar garantir sua presença na Série A do Brasileiro de 2014. "Já está montada e redigida. Falta apenas termos o aval de todos os poderes do clube, que será obtido em uma reunião marcada para o dia 18. No dia seguinte, vamos para a Justiça Comum", diz Marco Antônio Teixeira Duarte, presidente do Conselho de Orientação Fiscal, um dos três poderes. A reunião terá ainda Ilídio Lico, presidente do clube e José Gonçalves Ribeiro, presidente do Conselho Deliberativo.

Marco Antônio, filho de Osvaldo Teixeira Duarte, considerado o maior presidente da história do clube, adianta que votará a favor da via judiciária. "Votarei sim porque nós merecemos a Série A, direito que conquistamos no campo. E, enquanto não se decide, eu apoio todo sócio que se antecipar ao clube e for buscar na Justiça Comum os nossos direitos."

Orlando Cordeiro de Barros, vice-presidente jurídico, é outro entusiasta da ideia. "O clube ainda não se posicionou, mas eu já tenho minha opinião formada há tempos. Vamos sim à Justiça Comum". Ele ironiza a rapidez com que a CBF conseguiu cassar as liminares que a Portuguesa havia concedido. "O Carlos Miguel Aidar (advogado da CBF) é dono de uma técnica invejável. Ele disse que conseguiria cassar todas as liminares na quinta-feira. Conseguiu às 15 horas e às 15h30min já havia tabela feita contra a gente. Tudo bem, está 1 a 0 para ele. Por enquanto".

O "artilheiro" com que a Portuguesa conta para virar o jogo é o advogado Daniel Neves, professor da Usp, de 38 anos. "Ele é parte efetiva da nossa estratégia", diz Marco Antônio Duarte. "Estou pronto para ajudar. Desde o início, achei que a Portuguesa deveria enfrentar a tirania na Justiça. E estou muito feliz porque as coisas estão caminhando assim."

Enquanto não chega dia 19, Daniel, que foi autor das quatro liminares conseguidas pela Lusa – e posteriormente cassadas pela CBF – continua trabalhando. "Estamos buscando novas liminares, de dois tipos. Há as ações populares, baseadas na ideia de que o futebol é u patrimônio cultural brasileiro, conforme diz o Estatuto do Torcedor e as ações civis públicas, baseadas nos direitos do torcedor enquanto consumidor".

Daniel não se preocupa com a possibilidade indicada pelo Ministério Público de que alguém da Portuguesa tenha sido subornado para esconder a informação de que Heverton não poderia enfrentar o Grêmio na última rodada. "Olha, se isso for provado, ótimo. Por que se alguém recebeu dinheiro é porque alguém pagou não é? Quem pagou? A CBF, a Unimed, o Fluminense? Que se descubra tudo".

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.