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Curitiba conseguiu o dinheiro. Vai dar tempo?

Menon

17/02/2014 15h16

Uma reunião realizada em Brasília no dia 7 de fevereiro entre Cássio Taniguchi, Secretário de Planejamento do Paraná, e Luciano Coutinho, presidente do BNDES, foi o início da aprovação de um novo empréstimo de R$ 250 milhões para o Estado. Deste total, R$ 65 milhões serão destinados à conclusão da arena do Atlético-PR, palco ameaçado da Copa do Mundo.

Houve ainda uma segunda reunião, dia 12 de fevereiro, que formatou como será o empréstimo. Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil e candidata ao governo do estado, atuou politicamente, a pedido de Mário Celso Petraglia, presidente do Furacão, para que todo o processo fosse agilizado. Se tudo der certo, Gleisi dirá que "salvou" a Copa no Paraná, ameaçada pela gestão Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba e atual governador do Estado.

No dia 18, amanhã, a Fifa fará nova vistoria no estádio do Atlético. Ali estará Charles Botta, consultor de estádios da Fifa. Se ele aprovar o estágio atual das obras e der aval, o dinheiro será liberado em alguns dias. Há dois engenheiros do Comitê Organizador trabalhando diretamente na obra e em contato constante com Botta. Ele ai chegar a Curitiba já sabendo como as obras estão caminhando.

Em Curitiba, o entusiasmo é moderado. Tudo o que Botta exigiu em 21 de janeiro, dia de sua última visita, foi providenciado:

1) GRAMADO – O campo estava "pelado" e agora já está com grama;

2) ASSENTOS – Valcke exigia 10 mil assentos colocados. Havia apenas 2 mil e agora já 13 mil;

3) COBERTURA COMPLETA – Avançou bastante e deverá estar pronta.

O estádio tinha, no mês passado, 88% das obras concluídas. Agora, tem 91%.

O mais difícil é Jérôme Valcke, secretário da Fifa, acreditar na pronta liberação do dinheiro. Mas, para a Fifa, não é nada bom o cancelamento de uma sede. Ingressos já foram vendidos e seleções já fizeram seu planejamento. Não seria um fracasso apenas da organização, mas também da Fifa.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.