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Zico ganhou um presente de Priscila. O seu livro

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24/02/2014 22h25

A baiana Priscila Ulbrich conheceu Zico quando tinha dois anos , através das ondas do rádio, que chegavam até a padaria de seu pai, em Arraial Dajuda no interior da Bahia, a mais de 700 quilômetros de Salvador.

Em uma representação simplória da luta de classes, os padeiros eram rubronegros e o patrão, tricolor. Os muitos gols de Zico, para desgosto do pai, cooptaram a menina. A aceitação foi facilitada pelo choro compulsivo da filha de oito anos quando Zico jogou a última vez pelo Flamengo.

Priscila cresceu, casou, virou jornalista e nunca deixou de ser fã de Zico. E o livro "Simplesmente Zico" que será lançado dia 21, foi imaginado para ser o presente de uma fã para um ídolo.

"Nós queríamos dar um presente para o Zico, algo original e em fevereiro do ano passado, quando faltavam duas semanas só, tive a idéia do livro. E fomos atrás", conta Priscila, que é consultora de marketing e comunicação do Bahia.

Quando ela fala "nós" está se referindo às colegas do site WWW.donasdabola.com.br que tem Zico como padrinho, desde novembro de 2011.

O livro traz o depoimento de 134 pessoas ligadas ao esporte – companheiros de time, adversários, treinadores e jornalistas – sobre o maior jogador da história do Flamengo.

Nenhuma crítica. Priscila se exime da culpa. "É o trabalho de fãs, é o trabalho de afilhadas, mas é um trabalho jornalístico, sim. Não pedi para ninguém elogiar Zico. Não forcei a nada. Apenas pedi um depoimento com reposta rápida porque havia pouco tempo para entregar o presente".

A ideia de estender ao público a homenagem que seria privada, veio do próprio Zico. "A gente foi ao Rio e entregou o livro, que nós mesmos imprimimos. Ele gostou e perguntou o que a gente iria fazer. Eu disse, o presente é seu, faça o que quiser. Ele falou corre atrás e faça seu livro".

Missão dada, missão cumprida. Como discutir com Zico, "uma pessoa humilde, honesta, um exemplo de jogador e cidadão", questionou-se Priscila.

E começou a corrida por uma editora. E, agora, depois de ser homenageado, no Carnalval, pela Imperatriz Leopoldinense, Zico poderá se emocionar uma vez mais ao ver o livro ser lançado.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.