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Leandro Damião, meteorito na Vila elétrica

Menon

27/02/2014 23h24

Pelé  e Coutinho. Juari e Nilton Batata. Diego e Robinho. Neymar e Ganso. Gabigol e Geuvânio, Deve haver alguma explicação climática ou esotérica para que tantos raios caiam no mesmo lugar. A Vila. É lógico que não são todos iguais. Se fôssemos mudar a metáfora e, lembrando que estamos em Santos, falarmos de ondas, Pelé seria um tsunami e Gabriel ainda uma marola.

Mas não são apenas jogadores técnicos. São todos de um estilo muito parecido. Talentosos e rápidos, exceção a Ganso, apenas talentoso. Muito talentoso. São jogadores que não guardam posição, que se deslocam mito, que lembram Muhammed Ali: voam como borboletas e picam como abelhas. Abelhas assassinas, mortais.

Leandro Damião não é nada disso. Se os garotos são raios, ele é um meteorito, um corpo estranho à história do clube. Centroavante das antigas, alto, bom de cabeça, forte o suficiente para receber a bola, fazer o pivô e servir os companheiros.

Todo mundo quer um cara assim. O Santos também quis e pagou muito caro. Mas a união dará certo. Ou será água e azeite?

Contra o Bragantino, era notória a diferença. Gabriel, Geuvãnio, Cicinho e Rildo em alta velocidade. Cícero fazendo a bola correr. E Damião esperando o fruto disso tudo. Essa gente toda e mais Mena trabalhando para Damião marcar. Ele marcou, quando outros quatro gols já haviam definido a goleada.

Busco no passado santista  um centroavante do estilo Damião. Coutinho não era. Toninho, também não. Serginho? Pode ser, mas era muito melhor, usava o corpo de maneira mais efetiva.

Leandro Damião é jogador para Muricy. E Muricy, por gostar de centroavante como Damião, saiu da Vila sem deixar saudades. Apesar da Libertadores.

Vamos ver se o meteorito dará certo na Vila elétrica

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.