Topo

Menon

Damião não entendeu nada. Ituano foi muito melhor

Menon

06/04/2014 18h16

ituanooUma das coisas mais engraçadas em cobertura de baile de carnaval é quando, devido ao barulho imenso, o folião/ã não entende a pergunta e responde outra coisa. Alguma coisa assim:

Qual a sua fantasia?

Eu sou de Juiz de Fora.

Está animada hoje?

Minha fantasia é Colibri Sensual na core do Rei Salomão…

E assim segue. Perguntas e respostas desencontradas, enquanto o câmera mostra glúteos e coxas.

Fim de jogo e o repórter pergunta a Leandro Damião "o que faltou hoje"

Todo mundo tem de ser homem e continuar trabalhando para ganhar a próxima.

Nada a ver. E olha que ele poderia encontrar muitas respostas à pergunta.

O que faltou, desde o início, foi um despertador. O Santos entrou em campo de forma sonolenta, como se a vitória viesse por decreto. Afinal, um time que tem média de 2,7 gols por jogo e que enfrenta um time desconhecido, ganhará a qualquer momento.

Grande erro. O time desconhecido classificou-se em um grupo onde estava o Corinthians. Venceu o São Paulo no Morumbi. Eliminou o Palmeiras.

E entrou com muito mais gana em campo.

Não foi só isso.

Taticamente, foi muito melhor. Marcou no campo do Santos e impediu a conexão da defesa como ataque do Santos. Arouca e Cícero foram pressionados e o Santos viu-se obrigado a um 4-2-4 frouxo. A bola não chegava ao ataque do Santos.

Jackson Caucaia, ótimo volante, e Esquerdinha, atacante lateral, foram os melhores em campo. ir

O Santos ainda foi presenteado com um pênalti, que Cícero mandou muito longe do gol.

O Santos pode ser campeão, é lógico. Cicinho vai voltar. Mena vai voltar.

Mas não basta. É preciso entender o jogo. Não basta ser homem.

O primeiro passo para o título poderia ser o conhecimento do adversário. Ver como o Ituano joga. E, depois de conhecer, respeitar o adversário.

Ah, e precisa jogar bola também.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.