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Menon

Corinthians contratou um corintiano bom de bola

Menon

08/04/2014 07h54

À primeira vista, a contratação de Elias não tem como dar errado. Foi um golaço do Corinthians. É um jogador moderno e mostrou isso em sua passagem primeira pelo clube e depois no Flamengo. Volante com muita saída de bola, consegue transformar sufoco em contra-ataque e finaliza bem. Se o treinador quiser optar por um jogo mais cauteloso, com outros dois volantes em campo, ele pode jogar mais adiantado, mais perto do gol adversário e, ainda por cima, marcar a saída de bola do "Elias" deles.

Além de tudo, é um jogador identificado com o clube. A torcida tem ótimas lembranças e o considera um dos seus. Talvez seja mesmo. A identificação é tamanha que eu a considero um dos motivos pelo fracasso de Elias na Europa. Ao contrário da propaganda televisiva, ele não conseguiu "desapegar". Ficava por lá,  pensando no Brasil, envolvido por aquele banzo que atrapalhou a carreira de tanta gente boa.

Quando houve uma especulação de disputa entre Corinthians e São Paulo por Diego Forlán, seu companheiro de Atlético de Madrid, Elias logo opinou, ironizando o São Paulo. "Se o Diego quiser se dar bem, precisa ir para o Corinthians, o outro é freguês", algo assim. É um direito dele falar, ninguém pode criticar, mas, indiscutivelmente mostra alguém que estava lá pensando no que se passava por aqui.

Bom para o Corinthians, que agora tem um ídolo de volta. E, novamente, uma grande dupla de volantes. Elias e Ralf são de nível semelhante a Ralf e Paulinho e a Elias e Cristian. Nível alto. Há ainda outros dois bons jogadores da posição – Guilherme e Bruno Henrique – importantes para uma temporada com muitos jogos duros no Brasileiro e Copa do Brasil.

Com esses quatro, será difícil argumentar que os jogadores não entenderam suas recomendações.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.