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Gustavo Hofman e sua visão do futebol. Perto da emoção, longe dos números

Menon

27/04/2014 14h00

 

O jornalista Gustavo Hofman lançará nesta segunda feira às 18h30,na Livraria da Vila do Shoppingh Higienópolis,  o livro "Quando o futebol não é apenas um jogo". Como o título mostra  não se trata de elucubrações táticas ou números comprovando vitórias. É muito mais do que isso. É muito melhor do que isso. "Sempre gostei mais desse lado alternativo do futebol, da paixão. Futebol não vive sem paixão, ele não se resume à Liga dos Campeões, ele é muito mais bacana quando fala da possibilidade de um time pequeno superar um grande, quando fala do amor de um torcedor por um time pequeno".

Gustavo conta muitas estórias e está envolvido, de uma forma ou outra, em todas elas. "Foram matérias que eu fiz, gente que entrevistei, lugares que visitei. Tinha tudo anotado e ampliei para fazer o livro. Foi um trabalho rápido, de quatro meses, e acho que ficou bom", diz o autor.

Abaixo, um resumo.
Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch
No interior do País de Gales joga o time de futebol com o maior nome do  planeta. A sopa de letras Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch é o  que os torcedores da equipe têm que gritar nas partidas – e também  colocar em seus endereços.
A torcida que não quis asas

O  Austria Salzburg sempre foi um dos maiores e mais populares times da  Áustria. Em 2005, a Red Bull acertou a compra do clube e mudou seu  escudo, cores e o nome. Os torcedores não gostaram da ideia e resolveram refundar o Austria Salzburg, começando a nova trajetória na sétima  divisão.
O diamante bósnio

Sarajevo passou por uma das  maiores atrocidades da humanidade. Entre 1992 e 96, a cidade sofreu com  um cerco formado por tropas sérvias que a isolou de tudo e de todos.  Nesse cenário, Edin Dzeko, nascido em 1986, cresceu e aprendeu a jogar  futebol. Hoje é um símbolo para todos no país.

Split, mas pode chamar de Hajduk Spli

Poucas cidades no mundo têm uma relação tão forte com o time de futebol local como Split. Banhada pelo Mar Adriático, Split respira futebol. Em cada  muro, em cada esquina, em cada lojinha é possível ver a presença do  Hajduk, símbolo da força do país contra os sérvios antigamente e hoje em dia na rivalidade com Zagreb
Futebol em Liechtenstein
São 36 mil habitantes divididos em 1,6km2 e sete times de futebol. A  realidade do futebol jogado no minúsculo país e diferente de tudo que  existe por aí. Tanto que é a única federação da Uefa que não possui um  campeonato nacional – as equipes atuam nas divisões menores suíças, com  exceção do Vaduz, único profissional.

Ucranianos para a defesa e brasileiros para o ataque

Desde o início dos anos 2000 o Shakhtar Donetsk domina o futebol ucraniano,  graças ao investimentos do milionário local Rinat Akhmetov. A fama do  clube passou a ser internacional quando a Copa da Uefa de 2009 foi  conquistada, com uma política polêmica e declaradamente aberta: ucranianos para a defesa e brasileiros para o ataque.

Aqui sim é a terra da cerveja e do futebol

Você conhece Pilsen? Não, não é a cerveja, e sim a cidade tcheca onde surgiu esse estilo de cerveja. Pois lá há futebol, e o estádio do Viktoria  Plzen fica, justamente, ao lado da histórica fábrica da Pilsner Urquell, a pilsen-mãe. Um relacionamento que já dura há mais de cem anos.
Um clube sueco, representante da Assíria
No interior da Suécia, em 1977, refugiados assírios fundaram um clube de  futebol. Nunca poderiam imaginar que, décadas depois, o Syrianska FC  seja considerado por milhões a seleção de um país sem fronteiras. Os  assírios, tradicional povo do Oriente Médio, mas sem estado constituído, tem na equipe a sua representação no futebol.

O clássico do outro lado do mundo

Certamente a maioria das pessoas que já ouviram falar em Vladivostok jogavam War.  Tirando a parte da população brasileira que conheceu o mítico jogo dos anos 1980 e 90,  poucos vão conhecer a cidade russa de 600 mil habitantes, próxima à  fronteira com a Coreia do Norte. Pois lá há futebol, e um clássico  local.
O lugar mais perigoso da Europa
Em 2011 a BBC classificou o Daguestão como o local mais perigoso da  Europa. Na mesma época, Suleyman Kerimov investia milhões no Anzhi  Makhachkala e levava para a região jogadores como Roberto Carlos e  Samuel Eto'o. Tudo isso em pleno e fervilhante Cáucaso russo, terra  também do Terek Grozny, da vizinha Chechênia, e seu polêmico presidente  Ramzan Kadyrov.

Um brasileiro no comando da Líbia em plena revolução

Quando surgiram as primeiras manifestações públicas contra o governo de  Muammar Kaddafi, em março de 2011 na cidade de Bengazi, Marcos Paquetá  estava na capital Trípoli. Nos dias seguintes, ele passou por um dos  maiores sufocos da vida para conseguir deixar a Líbia. Depois, sofreu  para arrumar um time e disputar a Copa Africana de Nações.

 

 

 

 
 
 
 
 
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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.