Gustavo Hofman e sua visão do futebol. Perto da emoção, longe dos números
O jornalista Gustavo Hofman lançará nesta segunda feira às 18h30,na Livraria da Vila do Shoppingh Higienópolis, o livro "Quando o futebol não é apenas um jogo". Como o título mostra não se trata de elucubrações táticas ou números comprovando vitórias. É muito mais do que isso. É muito melhor do que isso. "Sempre gostei mais desse lado alternativo do futebol, da paixão. Futebol não vive sem paixão, ele não se resume à Liga dos Campeões, ele é muito mais bacana quando fala da possibilidade de um time pequeno superar um grande, quando fala do amor de um torcedor por um time pequeno".
Gustavo conta muitas estórias e está envolvido, de uma forma ou outra, em todas elas. "Foram matérias que eu fiz, gente que entrevistei, lugares que visitei. Tinha tudo anotado e ampliei para fazer o livro. Foi um trabalho rápido, de quatro meses, e acho que ficou bom", diz o autor.
Abaixo, um resumo.
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No interior do País de Gales joga o time de futebol com o maior nome do planeta. A sopa de letras Llanfairpwllgwyngyllgogerychwy
A torcida que não quis asas
O Austria Salzburg sempre foi um dos maiores e mais populares times da Áustria. Em 2005, a Red Bull acertou a compra do clube e mudou seu escudo, cores e o nome. Os torcedores não gostaram da ideia e resolveram refundar o Austria Salzburg, começando a nova trajetória na sétima divisão.
O diamante bósnio
Sarajevo passou por uma das maiores atrocidades da humanidade. Entre 1992 e 96, a cidade sofreu com um cerco formado por tropas sérvias que a isolou de tudo e de todos. Nesse cenário, Edin Dzeko, nascido em 1986, cresceu e aprendeu a jogar futebol. Hoje é um símbolo para todos no país.
Split, mas pode chamar de Hajduk Spli
Poucas cidades no mundo têm uma relação tão forte com o time de futebol local como Split. Banhada pelo Mar Adriático, Split respira futebol. Em cada muro, em cada esquina, em cada lojinha é possível ver a presença do Hajduk, símbolo da força do país contra os sérvios antigamente e hoje em dia na rivalidade com Zagreb
Futebol em Liechtenstein
São 36 mil habitantes divididos em 1,6km2 e sete times de futebol. A realidade do futebol jogado no minúsculo país e diferente de tudo que existe por aí. Tanto que é a única federação da Uefa que não possui um campeonato nacional – as equipes atuam nas divisões menores suíças, com exceção do Vaduz, único profissional.
Ucranianos para a defesa e brasileiros para o ataque
Desde o início dos anos 2000 o Shakhtar Donetsk domina o futebol ucraniano, graças ao investimentos do milionário local Rinat Akhmetov. A fama do clube passou a ser internacional quando a Copa da Uefa de 2009 foi conquistada, com uma política polêmica e declaradamente aberta: ucranianos para a defesa e brasileiros para o ataque.
Aqui sim é a terra da cerveja e do futebol
Você conhece Pilsen? Não, não é a cerveja, e sim a cidade tcheca onde surgiu esse estilo de cerveja. Pois lá há futebol, e o estádio do Viktoria Plzen fica, justamente, ao lado da histórica fábrica da Pilsner Urquell, a pilsen-mãe. Um relacionamento que já dura há mais de cem anos.
Um clube sueco, representante da Assíria
No interior da Suécia, em 1977, refugiados assírios fundaram um clube de futebol. Nunca poderiam imaginar que, décadas depois, o Syrianska FC seja considerado por milhões a seleção de um país sem fronteiras. Os assírios, tradicional povo do Oriente Médio, mas sem estado constituído, tem na equipe a sua representação no futebol.
O clássico do outro lado do mundo
Certamente a maioria das pessoas que já ouviram falar em Vladivostok jogavam War. Tirando a parte da população brasileira que conheceu o mítico jogo dos anos 1980 e 90, poucos vão conhecer a cidade russa de 600 mil habitantes, próxima à fronteira com a Coreia do Norte. Pois lá há futebol, e um clássico local.
O lugar mais perigoso da Europa
Em 2011 a BBC classificou o Daguestão como o local mais perigoso da Europa. Na mesma época, Suleyman Kerimov investia milhões no Anzhi Makhachkala e levava para a região jogadores como Roberto Carlos e Samuel Eto'o. Tudo isso em pleno e fervilhante Cáucaso russo, terra também do Terek Grozny, da vizinha Chechênia, e seu polêmico presidente Ramzan Kadyrov.
Um brasileiro no comando da Líbia em plena revolução
Quando surgiram as primeiras manifestações públicas contra o governo de Muammar Kaddafi, em março de 2011 na cidade de Bengazi, Marcos Paquetá estava na capital Trípoli. Nos dias seguintes, ele passou por um dos maiores sufocos da vida para conseguir deixar a Líbia. Depois, sofreu para arrumar um time e disputar a Copa Africana de Nações.
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