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Aidar: "Morumbi é um estádio velho e ultrapassado, virou o velho Canindé"

Menon

20/05/2014 17h56

Conversei com o presidente Carlos Miguel Aidar. Ele confirmou o abandono do projeto de reformulação do Morumbi e fez críticas ao estádio do São Paulo que eu nunca ouvi da boca de presidentes de clubes adversários. Sem demonstrar irritação, mas muita mágoa, culpou a oposição do clube pela situação.

O projeto de cobertura foi abandonado?

Foi abandonado sim, graças à ação radical da Oposição. Eles causaram um prejuízo enorme ao clube que só será mensurado com o tempo. Mas é grande.

Muito grande?

Enorme. Espera o Allianz Arena ficar pronto para você ver. Todos os shows irão para lá. O Allianz Arena e a Arena Corinthians são estádios muito mais modernos que o Morumbi, muito melhores. O Morumbi foi inaugurado há 50 anos e hoje é totalmente ultrapassado e anacrônico. É bonito, mas apenas isso. Servirá apenas para mandarmos nossos jogos, nada mais. Em breve, ele será como o velho Canindé que deixamos para vir fazer o Morumbi.

Por que ultrapassado?

Porque está fora dos novos conceitos. O público fica longe do campo, tem lugar em que o torcedor fica a 100 metros do jogador, não tem aquele calor humano. Estádio hoje em dia não precisa ter capacidade para 100 mil pessoas, basta ver na Europa ou nos EUA com os novos campos de baseball. Os estádios do Corinthians e do Palmeiras são melhores que o nosso em acesso, segurança, dependências e qualidade, em tudo. E a oposição impediu nossa modernização.

Mas segurança e acesso não são coisas que viriam com a cobertura. Elas podem ser conseguidas mesmo sem ela.

Não, com a cobertura teríamos tudo. Seria uma arena com 28 mil lugares, seria o estádio mais moderno do mundo. Agora, é superado pelo Palmeiras e Corinthians. Eles conseguiram fazer isso.

Você tem algum plano alternativo?

Não. Estou montando a diretoria ainda. Mas eu vou reagir. Eu não fico acomodado, vou reagir.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.