#90 Will Eisner, o gênio, fala por mim. Eu rezo a São Scolari e sua sorte

Will Eisner é um gênio. O maior de todos os cartunistas, mas muito mais do que isso. Um artista contemporâneo que sabe usar o contraste entre o negro e o branco como nunca. Que faz quadrinhos 3D sem a ajuda de óculos. Recorri a ele para mostrar como me sinto em relação ao Brasil. O time está em um vôo sem rumo, em uma queda abismal sem rede de proteção. É como se alguém pulasse do alto de um prédio de 11 andares e dissesse: está tudo bem, cheguei ao décimo e nada aconteceu, cheguei ao nono e tudo bem, cheguei ao oitavo e sofri um arranhãozinho…..

O final todos sabem. Felipão montou um time conforme seu estilo: grupo unido, todos contra todos, críticas a jornalistas estrangeiros, briga com treinador chileno etc etc. É a tático do um por todos, todos por um, do nós contra rapa, do mundo contra nós, da união faz a força, nenhum de nós sozinho é mais do que a soma de todos nós, do hino à capela….

Sai Fred e entra Jô. Sai Oscar e entra Willian. Não há opções. Não há uma rede perto do teto a segurar o gigante que cai. Desde 98, quando o Brasil perdeu um jogo para a Noruega na primeira fase, os resultados não são tão ruins. O time jogou quatro vezes e só ganhou duas. Levou gol em três das quatro partidas. Empatou com Chile e México, derrotados pela Holanda.

É possível vencer? É. Mas como dizia meu amigo Antônio Cesar Simão, eu já sou  pentacampeão. Só aceito título com alegria, com futebol bonito. Por enquanto é pensar que Scolari tem muita sorte. E confiemos nela.