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Valdivia teme a companhia de Sheik no julgamento de segunda-feira

Menon

25/09/2014 22h32

Valdivia está muito preocupado com o julgamento de segunda-feira no STJD. Sabe que a punição por haver pisado no volante Amaral, do Flamengo, pode ser alta. Ele ainda considerou um grande azar ter seu caso avaliado na mesma sessão em que Emerson Sheik muito possivelmente receberá uma dura punição por ter dito repetidas vezes que a CBF é uma ver-go-nha.

"Não tinha um companheiro pior não", disse aos amigos, em tom de ironia, ao saber que Sheik estará na mesma sessão. O raciocínio é simples: os auditores mais duros devem ter sido escalados para julgar Sheik. É questão de honra e também caçapa cantada que a punição será grande. E, por tabela, sobrará também um bom gancho para Valdivia.

Os amigos tentam anima-lo lembrando que Michel Bastos levou apenas um jogo pela falta feia que resultou em sua expulsão contra o Figueirense. Falam também em Petros, que teve sua pena de 180 dias reduzida para três jogos. "Você não atropelou nenhum juiz", dizem.

Preocupadíssimo com uma suspensão dura, Valdívia entrou em campo muito receoso contra o Vitória. Queria apenas jogar bola – e o fez muito bem – e ficar longe de confusão. Quando foi substituído, foi se despedir do árbitro. Ele disse que não era preciso. Valdivia foi saindo e voltou para cumprimenta-lo uma vez mais. "Hoje era dia de nem olhar para o juiz", me disse um amigo do jogador. Nada poderia acontecer que o deixasse ainda pior aos olhos dos auditores.

Valdivia vive no fio da navalha. Sabe que sua relação com a torcida é de amor, mas também de ódio. De desconfiança. Um exemplo que seu amigo me dá envolve a última contusão. "Ele não tinha condição física para jogar contra o São Paulo. Mas como dizer isso, se estava voltando de férias depois daquela confusão toda que foi sua ida para o Catar, que acabou não dando certo? Se ele fala que não dá para jogar, o mundo cai. Então, foi e se machucou de novo em 15 minutos".

Agora, enquanto espera o julgamento, Valdivia mal sai de casa. Ele mora perto da sede da Mancha e sabe que seu moral é baixo com a torcida. Não quer confusão de jeito algum. Tem duas certezas: vai ser punido e sabe que, sem sua presença, a possibilidade de escapar do rebaixamento é bem menor. "O que ele mais quer é conduzir o Palmeiras nessa subida. Os próximos jogos são contra Figueirense, Chapecoense e Botafogo. Ele queria esta pelo menos nos três e, por enquanto, só sabe que vai pegar o Figueirense".

Ah, se pelo menos o Sheik não estivesse lá…..

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.