Topo

Menon

São Paulo cover tem Osvaldo como astro. E perde

Menon

12/10/2014 18h19

O São Paulo titular é baseado no toque de bola. De Ganso, Kaká, Kardec e Pato. O time joga bonito, faz gols maravilhosos e, convenhamos, sente falta de jogada pelos lados do campo. Quando os adversários fecham a frente da área, o São Paulo chuta pouco e sofre muito.

Quando não tem Kaká – tirado do time para jogar dez minutos contra a Argentina, e Ganso, suspenso, o São Paulo é outro. Troca o toque pela bola estirada, substitui a posse de bola pelo contra-ataque e oferece correria em lugar de qualidade técnica.

Foi assim contra o Galo. O time tinha Denílson na marcação, Maicon subindo um pouco, Michel Bastos na armação e um ataque formado por Pato, Kadec e Osvaldo. Na saída do primeiro tempo, Osvaldo disse que estava marcando vem a Marcos Rocha, o lateral. Verdade, mas, com a bola dominada, errava tudo. Dribles e passes.

Michel Bastos, o armador, não é armador. Recuava e fazia ligação direta para os lados do campo. Ia pela direita e entrava pelo meio, para tentar o seu chute forte, como fez contra o Huachipato.

A boa não era acaricida. Levava chutões. Sorte do São Paulo, que o Galo também apostava em velocidade.

Que opções haveria para essa escalação tipo 4-3-3?

Poderia ter Auro na lateral, Hudson no meio e Maicon um pouco mais adiantado, com a saída de Osvaldo. É lógico que há um problema aqui, pois Auro marca mal.

Poderia ter Boschilia em lugar de Osvaldo. Poderia ter Luis Fabiano na frente, com Kardec e Pato mais recuados.

Aliás, é impossível jogar Luís Fabiano junto com Pato? Por que Kardec nunca sai?

Com esse esquema, que considero equivocado, Osvaldo ficou em campo até o final. Saiu aos 38. É a estrela de um mau espetáculo. Deixa de ser opção de velocidade para ser titular. Um status que não merece. Nunca teve bola para merecer.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.