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Por solidariedade, diretor do Pinheiros é socio torcedor do Franca Basquete

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14/12/2014 21h26

João Fernando Rossi, diretor de esportes do Pinheiros, comprou três títulos de sócio torcedor do Franca Basquete. E, em seguida, autorizou a direção do clube interiorano a revender os títulos. "Não fiz mais do que a obrigação. Sou basqueteiro, sou fã de Franca há muito tempo e sei da importância que eles tem na história do esporte do Brasil. Foi por isso, por amor e solidariedade que estou ajudando", afirmou. Além dos títulos de sócio torcedor, Rossi fez uma doação ao www.querodoar.francabasquete.com.br que busca arrecadar fundos para a manutenção do basquete em Franca.

A crise é grande. O clube está sem um patrocinador master desde que a Vivo saiu, há três meses. Sem o aporte mensal de R$ 180 mil mensais, o clube viu as dívidas aumentarem e houve a possibilidade de jogadores de Franca abandonar o NBB ou disputa-lo com juniores. O ala Jhonatan, ainda no Paulista, transferiu-se para o Palmeiras.

A diretoria, então, reuniu-se com jogadores e torcedores. Fez uma explanação realista das dificuldades e teve apoio. Os jogadores se comprometeram a ficar, mesmo com salários atrasados. Poderiam sair antes de completarem oito jogos e estão lá, já com dez partidas – seis vitórias e quatro derrotas. O argentino Figueroa, que está contundido, é o único que ainda não completou oito partidas e que pode sair, mas disse que ficará.

Os torcedores se movimentaram também. Fizeram campanha para aumentar o número de sócios torcedores, que é de apenas 700. Fizeram também o site para doação. O resultado não foi o que se esperava. Até o dia 12, às 15h, o total arrecadado não chegava a R$ 15 mil, pouco para quem tem folha de pagamento em torno de R$ 230 mil.

O que tem ajudado é o comprometimento de oito empresas que passaram a doar R$ 3 mil mensais para o basquete francano. "Tenho conversado com o pessoal de lá e parece que as coisas estão se acertando. O basquete brasileiro está em um bom momento, o NBB está bem, fez até um acordo com a NBA e Franca não poderia ficar longe desse processo", diz Rossi, de 49 anos, que também é dirigente do NBB.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.