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Menon

São Paulo ainda não resolveu seus dois problemas. E são graves

Menon

06/01/2015 14h30

O São Paulo foi protagonista de alguns lindos momentos futebolísticos no Brasileirão-14. O segundo gol contra o Santos, no primeiro turno, com uma troca de passes impressionante, pela qualidade e quantidade. Outro, contra o Sport, em jogada nascida de escanteio do adversário e que, após domínio de Kaká, foi seguida também de muitos passes perfeitos.

Coincidência ou não (acho que não) foram jogos do primeiro turno. Depois, os adversários passaram a marcar melhor as jogadas do São Paulo, predominantemente pelo meio. O toque-toque comandado por Ganso deixou de ser mortal. Principalmente, porque não havia opção. A receita era simples: bons volantes marcadores à frente da área e as linhas de comunicação foram cortadas.

Para enfrentar esse antídoto, o São Paulo precisava do apoio dos volantes. Souza, em muitos jogos, fez esse papel. Marcou duas vezes contra o B0tafogo, referendando a máxima de que tem coisas que só….. Mas o apoio não foi constante. Seria mais com Maicon, mas assim a defesa ficaria desprotegida.

A outra solução seria abrir o jogo pelos lados. Ter um jogador incisivo, que fosse à linha de fundo e deixasse o campo maior. Que obrigasse a saída de um volante ou zagueiro para a proteção do lateral. Kaká foi um pouco, mas sem muito sucesso. Aliás, usem os argumentos que quiserem, mas a passagem de Kaká em 2014 foi opaca.

Muricy tentou outras opções, com Ademílson e Osvaldo, mas não deram certo. Agora, o clube tentou Dudu e Wellington Nem. Não vejo outros nomes no mercado. E as opções dentro do elenco. Conversei com o Guilherme Palenzuela, meu assessor para assuntos técnicos, táticos e estratégicos e concordamos que é difícil para Pato. Não conseguiu fazer no Corinthians. Alvaro Pereira teve sucesso nessa função quanto atuou no Argentino Jrs ou na Copa América de 2011, na Argentina. Ewandro? Não, né? E Boschilia? Acho que pode dar certo. Poderia ser testado assim no Paulistão.

São opções para um problema não resolvido.

O segundo é a quarta-zaga. Muricy quer um jogador canhoto e veloz, para que a marcação seja feita já no meio campo, pressionando o adversário. Ele tem usado Edson Silva, que recebeu alguns elogios. Para mim, não é solução. Errou uma atrasada de bola para Ceni, falhou em uma linha de impedimento no meio do campo e não é tão forte nas divididas como parece.

Falta pouco tempo para a Libertadores. E houve um longo tempo para resolver o problema, diagnosticado por Muricy.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.