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Conmebol acerta com Guerrero e livra a cara de Fábio Santos

Menon

12/02/2015 11h51

Coerência não é sinônimo de justiça ou de coisa certa.

A Conmebol acertou na suspensão imposta a Guerreo e errou feio em dar apenas a automática para Fábio Santos. A solada do lateral, muito dura, por cima da bola, foi pior que a disputa no alto de Guerrero. Tanto que o lateral foi o único a ser punido no lance. Com Guerrero, não. O colombiano agredido por ele levou amarelo.

A suspensão a Guerrero é coerente quando se compara com os casos recentes de Luís Fabiano.]

Em 2013, no Pacaembu, pela Libertadores, ele foi expulso contra o Arsenal por duras reclamações contra o árbitro. Ele relatou que foi ofendido. E Luís Fabiano ficou fora por quatro jogos.

Em 2014, no Morumbi, pela Sul-americana, ele foi expulso contra o Huachipato por haver agredido um zagueiro do clube chileno, em disputa de bola, por trás. Pegou três jogos.

Vejam a incoerência. Uma agressão custou menos jogos do que uma ofensa.

Fábio Santos merecia pena maior que Guerrero e maior que Luís Fabiano. No mínimo três jogos.

Esperemos agora que a Conmebol vá além da pose de quem está preocupada com o futebol. Ela que exija campos melhores, segurança de bom nível, respeito dos torcedores e respeito aos torcedores. Punir de forma exagerada a jogadores é mostrar sede de justiçamento e não de justiça. E contra o elo mais fraco.

Em relação aos quatro lances, a minha opinião é a seguinte.

1) Expulsão de Luís Fabiano contra o Arsenal – Foi uma reclamação muito forte, exagerada e intermitente. Parecia uma criança que não para de reclamar. Eu daria vermelho.

2) Expulsão de Luís Fabiano contra o Huachipato – Uma jogada confusa em que ele, por trás e na corrida, se envolve com o jogador. Ao se desvencilhar, o acerta. Eu daria amarelo.

3) Expulsão de Guerrero – Ele salta junto com o colombiano. Os dois, no ar, se enrolam e se chocam. Depois, ele bate na cara do adversário. Guerrero merecia uma punição maior que a do adversário. Daria amarelo para ele e nada para o outro. Para mim, o árbitro exagerou

4) Expulsão de Fábio Santos – Uma solada muito dura. Merecia o vermelho de forma direta.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.