Topo

Menon

Corinthians foi melhor. E o juiz ajudou

Menon

18/02/2015 22h49

O primeiro jogo de Libertadores mostrou um time pronto contra outro ainda em formação. Como o São Paulo terminou o ano melhor que o Corinthians, fica claro que o trabalho dos treinadores tem a ver com a vitória corintiana, justa porque foi sempre melhor.

O Corinthians foi melhor por alguns motivos:

1) Compactação – Ralf protegendo a defesa e Elias fazendo a transição defesa-ataque, sua especialidade. Jadson, Renato Augusto, Danilo e Sheik. Muita movimentação, muita troca de posição. O São Paulo tinha Kardec e Luís Fabiano na frente. Denílson, Souza e Maicon atrás. E Ganso no meio. Havia buracos imensos, principalmente porque Maicon e Souza não se juntavam a Ganso.

2) Proteção ao goleiro – Gil e Felipe jogaram mais postados, sem sair muito. Protegiam o goleiro. Quando Luís Fabiano tentava fazer o giro, era brecado pelos dois. No São Paulo, Dória e Tolói saíam da área para ir à caça. E, novamente, deixavam buracos na defesa. Foi assim que saiu o primeiro gol, com Dória fora da área, sendo iludido por Danilo como um mágico faz com uma criança.

Na metade do primeiro tempo o São Paulo melhorou. No segundo, Reinaldo foi para a defesa e Michel para o meio, com Kardec no banco. O time ficou mais compactado e passou a atacar.

E o Corinthians armou o bote. Apostou no contra-ataque. Poderia ser fatal.

E foi, com ajuda do árbitro que considerou normal um empurrão de Émerson em Bruno. Saiu o segundo gol, uma vingança particular de Jadson.

O Corinthians está pronto para lutar pelo título. Basta colocar Guerrero e definir onde Danilo deve jogar.

O São Paulo precisa resolver o problema da lateral esquerda. Quem diria que Alvaro Pereira faria falta? O meio pode melhorar bem com a entrada de Centurión. Tem de andar logo porque está no Grupo da Morte. E, no momento, dá pinta de morto.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.