Luxemburgo sempre sonhou dirigir o São Paulo
Entre 1998 e 2000, Vanderlei Luxemburgo dirigiu o Corinthians. Osvaldo de Oliveira era o auxiliar. E eu – o que não tem a menor importância – era setorista do clube. Trabalhava pelo Lance! e meu parceiro era Chico Silva, o carcará. Via uma notícia de longe e a agarrava fortemente, levando para a redação.
Luxemburgo adorava uma resenha. Após as entrevistas, falava muito, sobre muitos assuntos, pedindo sempre que não fosse publicado. Um de seus assuntos preferidos era o São Paulo.
"Meu sonho é ser técnico do São Paulo. Se eu conseguir, vou conseguir tantos títulos quanto o Telê, vou ser adorado pela torcida", dizia, com os olhos brilhando.
E ia além. Quando eu perguntava sobre o time, ele se entusiasmava. Dizia como deveria jogar, explicava as alterações que faria, qual tática usaria. Fazia desenhos no ar e depois, percebendo o entusiasmo, dizia. "Cara, se você publicar isso, eu vou dançar. Não faz isso…"
O motivo da certeza do sucesso à frente do time, era explicado por dois motivos: "o elenco é muito bom, mas o principal é a estrutura que o clube oferece. Lá, tem apoio ao treinador e quase não tem briga".
O elenco continua bom, mas as brigas existem em quantidade e intensidade antes insuspeitas. E a estrutura foi igualada por outros clubes.
Mesmo assim, o sonho de Luxemburgo continua. Pode não ser o escolhido, mas já não existe o veto de antes.
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