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Vinícius Pinotti: "São Paulo não é soberano e precisa ser mais humilde"

Menon

30/04/2015 18h33

Vinícius Pinotti, 38 anos, não é mais o torcedor apaixonado que gastou 4 milhões de euros para contratar Centurión e "doá-lo" ao São Paulo. Ou melhor, não é mais apenas isso. Desde o dia 11 de abril assumiu o cargo de diretor de marketing do clube.

O convite veio em função de uma discussão que tomou conta do clube. "Considerei totalmente equivocada a política de cobrar R$ 120  do torcedor comum na primeira fase da Libertadores. Houve esta discussão e o presidente concordou com minha tese e me convidou para o clube. Aceitei".

E o preço mudou. Contra o Cruzeiro, o ingresso custará R$ 60, metade do que antes. "É muito melhor. O conceito anterior é muito equivocado. Torcedor no campo é bom, ele consome e dá visibilidade ao clube. Temos de entender que nossa torcida não é mais de elite. Temos muitos torcedores do povão. Precisamos levar o marketing até eles também".

Soberano? "Nem pensar. Se depender de mim, não usaremos mais esse termo. O São Paulo é o Mais Querido, é o Clube da Fe, esse negócio de soberano traz uma certa arrogância que a gente não quer. O São Paulo é diferenciado sim, a história mostra isso, mas na parte de organização, de marketing em que fomos pioneiros. Quero voltar a isso e não tem nada a ver com soberano".

Além da questão de ingressos, Pinotti trabalhou na formatação dos patrocínios da Gatorade e Copa Airlines (ligados às redes sociais) e tem se dedicado muito à reformulação do projeto Sócio Torcedor. "Vai bombar. Vamos passar rapidamente dos 100 mil sócios. Estou muito animado, não vai haver mais desculpas para não ser sócio torcedor. Haverá novos planos, com várias faixas de preço. Vamos atender e muito bem o são-paulino que mora longe e que não vê o clube jogar. Receberá presentes e terá orgulho de pertencer ao sócio torcedor".

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.