Conmebol acerta em punir o Boca.

A Conmebol puniu o Boca pela selvageria de seus torcedores. Por conta da ação de delinquentes, o clube fica fora da Libertadores, é punido (será punição) com a ausência de sua torcida em oito jogos e anda precisa pagar uma bela multa à Conmebol. Não seria a Conmebol se não houvesse dinheiro envolvido.

Amigos jornalistas a quem respeito muito defendem a tese que o clube não pode sofrer por ação de seus torcedores. Que as entidades responsáveis devem buscar os infratores e leva-los ao julgamento como qualquer outro cidadão que jogue uma mistura tóxica na cara de outra pessoa. Uma atitude que causou inflamação no cérebro do jogado Driussi.

Eu acho correta a linha de pensamento. Teoricamente, clube e torcida são entidades independentes. Apenas teoricamente, eu acho. Há uma ligação umbilical entre clubes e suas torcidas. Têm privilégios para compra de ingressos, são recebidos por presidentes, seus desfiles na avenida são prestigiados.

E o pior, vivem dos símbolos do clube. Ou melhor, não sejamos inocentes, parte de seu dinheiro é arrecadado com a venda de camisas, gorros e aquelas calças largas.

Então, façamos um manual de conduta, um acordo. Todo clube que se afastar de suas torcidas, todo clube que não der mais privilégios, todo clube que não permitir que se arrecado dinheiro com seus símbolos, está provando – ou tentando provar – que se afastou das torcidas. Que são entidades diferentes. Aí, sim, não sofrerão mais com os crimes de seus sócios atuais.