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Menon

Oswaldo e Marcelo Fernandes podem cair. Não é pecado

Menon

08/06/2015 17h32

Ah se os trabalhadores do Brasil tivessem o apoio da mídia que nossos treinadores de futebol possuem. O desemprego diminuiria. Quem demite um técnico de futebol é considerado ultrapassado e um entrave à modernização do esporte brasileiro. Para os que acreditam que tudo no Brasil é errado, só há uma opção em que a troca de treinador é aceitável e perdoável. Quando o primeiro nome é Vanderlei e o segundo nome é Luxemburgo. Demitiu Luxa, aplausos. Contratou Luxa, morte.

Nem sempre é correto demitir um treinador. Nem sempre é correto. Vamos pegar o caso de Marcelo Oliveira, o que causou mais revolta. 1) A diretoria desmanchou o time – Verdade.  Ninguém mantém time no Brasil. O dinheiro de fora é mais forte, mas farto e o jogador faz tudo para sair. Mesmo que seja para a China ou Catar. Querem dinheiro e não pensam na carreira.

2) Marcelo Oliveira trabalhou no dia em que a mãe morreu – Foi um ato de respeito ao clube, à diretoria e aos torcedores.

3) Quando Marcelo foi demitido, nenhum diretor o acompanhou à entrevista de despedida – Um ato covarde dos diretores. Uma falta de respeito, principalmente quando se lembra do item 2.

4) Marcelo foi bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro. E levou o time às quartas da Libertadores.

Os fato acima são verdadeiros. Mas outros também são.

1) O time foi mal no Mineiro. Foi mal na Libertadores, apesar de haver eliminado o São Paulo. E estava mal no Brasileiro,

Diante de tudo o que expus, caberia ao presidente do Cruzeiro analisar duas questões antes da decisão.

1) Marcelo conseguiria fazer o time andar?

2) Conseguiria reconstruir o Cruzeiro ainda em 2015?

Estas duas questões é que deveriam ser feitas antes da demissão. Eu acho que não. Que Marcelo já não conseguia reavivar o Cruzeiro, principalmente por não mudar seu esquema. Não abria mão do 4-2-3-1. Não buscava alternativas.

E a demissão, embora injusta e feita de forma canalha, era necessária. Inclusive para Marcelo Oliveira, que logo terá outro time de grande nível para colocar seus conhecimentos em prática.

Demitir o treinador é colocar sobre ele toda a culpa pelo fracasso? Não acho. Quem demite sabe que muito da culpa é dos jogadores e de quem contratou os jogadores. No caso, dele mesmo que vai demitir.

E o que se pode fazer? Mandar todos embora? Fazer uma limpa geral, uma renovação total, já pensando no próximo ano? Pode ser.

São duas opções. Não vejo nada de errado em nenhuma delas. Depende de casa caso. Não é nenhum pecado.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.