Topo

Menon

Brasil perdeu o respeito pelo seu futebol.

Menon

17/06/2015 23h02

Eu sou do tempo do keds, da vitrola e do beijo na boca no escurinho do cinema. Sou do tempo em que o Brasil entrava em campo para se impor. Desde o início, o Brasil mostrava que queria ganhar o jogo. E, para ganhar o jogo, jogava como queria. Mesmo que o outro time não deixasse, o Brasil fazia de tudo para jogar como um grande time.

Não existe mais esta atitude. E é o maior problema da seleção. Maior do que a fraqueza da safra e das falhas técnicas de gente como Fernandinho. Aliás, eu sou do tempo em que se dizia que Dunga era grosso. Um volante que marcava duro, passava bem, acertava alguns lançamentos longos e chutava de longa distância.

Dunga, coloca um DVD seu para o Fernandinho ver.

Mesmo com jogadores sem brilho como Douglas Costa, Firmino e quetais, onde está a arrogância? Não interessa se os jogadores são fracos, eles precisam entrar em campo para dar o ritmo que importa ao Brasil.

Nada disso. O Brasil não chega a jogar por uma bola, mas foi o time pressionado em seu campo. A Colômbia portou-se como um grande time. Precisava vencer e jogou para vencer.

Depois, recuou. É lógico. Os colombianos sabem que do outro lado está o Brasil. Os jogadores brasileiros é que não acreditam que defendem o Brasil.

Mesmo sabendo que não tem qualidade técnica para vestir essa camisa, deveriam respeitá-la.

PS – Partida fraca de Neymar. O cartão que levou foi injusto. Um grande erro do árbitro. Depois, fez uma palhaçada e levou um vermelho muito justo.

PS2 Ridícula entrevista de Daniel Alves. Disse que o Brasil jogou fora de casa. No Chile, contra a Colômbia? E que todos são contra o Brasil. Ah, vai passear….

E agora, como disse o jornalista argentino Daniel Arcucci. "O Brasil enfrentará a Venezuela sem Neymar. Ou seja, o Brasil vai jogar sem o Brasil contra a Venezuela"

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.