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Dunga não pode repetir a bobagem de Felipão

Menon

19/06/2015 22h29

Como há um ano, Neymar está fora de uma competição importante. Na Copa do Mundo, uma entrada muito dura de Zuniga o tirou da partida-catástrofe contra a Alemanha. Agora, a culpa foi dele mesmo. Chutou a bola nas costas de Armero e – muito pior – ofendeu o juiz após o jogo. Não vamos confundir com o amarelo – totalmente injusto – pela bola na mão.

Dunga precisa substituir Neymar. Não tem jogadores à altura. Não tem jogadores próximo ao futebol de Neymar. Não tem jogadores com distância razoável de Neymar. O que fazer? O primeiro passo é tirar o drama da situação. Não se pode repetir aquela patacoada toda da Copa do Mundo.

Todos se lembram? Os jogadores brasileiros com a camisa de Neymar na mão, cantando o hino a todo pulmão, olhos crispados, desespero no ar. O time não entrava em campo contra a Alemanha para jogar bola. Entrava para vingar a contusão sofrida por Neymar.

Uma pantomina. A família Scolari, em prantos, foi jogar bola. Voltou humilhada.

Dunga precisa fazer o simples: analisar o adversário, analisar seus jogadores, analisar o futuro do campeonato… Pensar em futebol e deixar de lado aquela bobagem de "estão todos contra nós" que Felipão fez e que Dunga está repetindo. Ele e Daniel Alves, com acusações inócuas e maledicentes contra o árbitro.

Disseram que Osses, o chileno, havia prejudicado o Corinthians. Ele apitou o jogo contra o Guarani do Paraguai, em Itaquera. Qual foi o erro?

Será que Dunga cometeu o mico de comparar o chileno Enrique Osses com o paraguaio Carlos Amarilla?

Não interessa.

Que Dunga monte um time competitivo, capaz de vencer a Venezuela.

Não é uma missão impossível, apesar do que temos hoje em dia.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.