Topo

Menon

Neymar perde a chance de ajudar o Brasil. Não pode ser capitão

Menon

22/06/2015 15h21

Neymar, via Instagram, comunicou que está fora da seleção. Não quer atrapalhar. Ora, já atrapalhou com suas atitudes de garoto mimado após o final do jogo contra a Colômbia. Chutou a bola em um companheiro, cabeceou outro e foi ofender o juiz. Toda a braveza que não mostrou quando foi empurrado por Bacca.

A saída de Neymar mostra claramente que ele não está capacitado a assumir responsabilidades além daquelas advindas de sua intimidade com a bola e sua enorme capacidade de jogar futebol em alto nível. Craque do time, sim. Capitão? Melhor procurar alguém mais responsável.

Alguém consegue imaginar Diego Lugano abandonando a Celeste via Instagram? Ou Mascherano deixando a Argentina sozinha, via Facebook? Não é coisa de profissional. Não é atitude de quem respeita a camisa e os companheiros. Não é o que se espera de um líder.

Vai mal o Brasil nesse item. Basta lembrar que Neymar substituiu Thiago Silva, que se mostrou um desequilibrado emocional durante o encontro com o Chile, no Mundial.

Tomara que a ausência de Neymar sirva para que alguns jogadores desabrochem. Consigam jogar mais do que o mínimo que estavam mostrando. E que alguém assuma a responsabilidade de comandar o grupo de jogadores.

O Brasil nunca teve essa ligação mítica com a figura do capitão. Sempre dissemos por aqui que capitão só serve para participar do sorteio inicial, aquele que define quem vai iniciar o jogo.Não temos Nestor Rossi, Odbulio, Nasazzi ou Ruggeri como padrão. A imagem mais marcante é a de Cafu. Que fez a mesma coisa que Neymar, nas Eliminatórias para o Mundial-2002. Expulso no Paraguai, foi para o hotel, pegou suas malas e deixou a delegação, sem despedir-se de ninguém.

Velhos tempos, quando ganhávamos sem capitão, sem esforço, sem suor. Agora, não. Não se pode abrir mão de nada. Procura-se capitão, urgentemente. O menino bom de bola é só isso.

 

 

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.