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Valdivia no São Paulo. O chileno? Ou o chinelo?

Menon

12/08/2015 11h28

O São Paulo está negociando com Jorge Valdivia, que ficará livre do seu vínculo no Palmeiras no dia 18. Há grandes possibilidades de acerto, mesmo com o chileno já tendo um contrato com o Al Wahda, do Catar. Valdivia prefere continuar no Brasil e, nestes tempos em que vivemos, quando um jogador quer alguma coisa, ela acontece. Palavras do ético Ronaldo Fenômeno.

Se der certo, será uma negociação de impacto. Valdivia é um jogador agressivo, de boa técnica, mas que traz consigo muitas dúvidas, que transcendem o futebolístico para chegar até o terreno da ética. Do caráter.

Que Valdivia o São Paulo está contratando?

O cara que jogou machucando no final do Brasileiro passado, a pedido de Dorival Jr?
O cara que ficou de fora de tantos e tantos jogos com dores estranhas?

O cara que comandou a seleção chilena no maior título de sua história? Que foi eleito o melhor jogador da Copa América?

O cara que perdeu um gol feito em Santa Catarina no ano passado, por total displicência e não foi capaz de impedir a virada?

O cara que fez gols importantes contra Rogério Ceni, irritando o goleiro são-paulino?
Ou o outro, que foi tentar o famoso "chute no vácuo" contra o Corinthians e sentiu uma lesão muscular?
Valdivia, o chileno ou Valdivia, o chinelo?

Valdivia tem 31 anos e jogador nessa idade não é para ser "consertado", Tem suas qualidades e defeitos. Não se pode perder tempo com psicólogo e conselhos para que ele melhore. Luis Fabiano, quando tiver 70 anos e estiver participando de peladas com seus netinhos, fará muitos gols e levará muitos amarelos.

O mais importante na vinda de Valdivia – se acontecer – é lembrar que Osorio tem algo de Sampaoli. E Sampaoli mostrou aos brasileiros a melhor versão já vista de Valdivia.

Se houver comprometimento do jogador, o Brasileiro terá um grande momento quando, no Morumbi, ele enfrentar o Palmeiras.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.