Topo

Menon

"Esquema Itaquera" funciona e Timão lidera. Desonestidade "jornalística"

Menon

16/08/2015 20h42

O "esquema Itaquera" continua a mil. O Galo deu um jeito de perder para a Chapecoense. O São Paulo perdeu para o Goiás em casa. O Palmeiras perdeu três seguidas. Parece que só o Grêmio não está no esquema. Vai ser difícil o Corinthians, que terminou o turno como líder, perder o título.

Título de um bom campeonato e que tem um ano de péssimas arbitragens. Os juízes estão autoritários, expulsam todo mundo e só pensam em aparecer. Talvez assim, justifiquem o ridículo pedido de ganharem direito de arena por fazerem parte do espetáculo.

O nível baixíssimo da arbitragem permite erros e mais erros. Pênalti contra o Goiás não marcado. Penalti contra o Flamengo não marcado. Gol de Apodi ajeitando a bola com a mão. Foi o que tivemos nesta semana. E sobram as teorias conspiratórias.

Vou dar um exemplo:

1) Vuaden erra e não dá pênalti claro de Uendel pondo a mão na bola.

2) Luiz Flavio acerta e dá pênalti para o Corinthians.

O torcedor comum pode – devido à paixão – fazer ilações. Diz que há um complô para favorecer o Corinthians. Sabe qual o outro motivo que ele tem para falar isso? Não precisa provar nada.

E é aí que entra o mau jornalismo. A panfletagem. O falar por falar. Falar para ter ibope. Se o torcedor comum pode ser passional, o jornalista não pode ser leviano.

Os programas de futebol gastam um tempo enorme com os tais "lances polêmicos". Pouquíssimo tempo para falar de tática, de técnica, de futebol. Todos querem explicar o resultado pela ótica da arbitragem. E toma apito amigo. Jogam no ar a dúvida. Tão roubando para o Corinthians.

Estão?

Quem? Onde? Quando? Por que? A mando de quem?

Provas, amigos. Coloque repórteres para descobrir, busque indícios, prove.

Seja jornalista.

O torcedor comum, em casa, vê o cara falando. Acredita. Fica repetindo. E vai ameaçar e cobrar outros jornalistas que não fazem isso.

Eu também sou torcedor. Muitas vezes, no sofá de casa ou no estádio, tenho convicção que o jogo foi arranjado, que é muita coincidência a favor de um time ou outro. ESTOU FALANDO DE FORMA GENÉRICA E NÃO DO CORINTHIANS.

Sabe o que eu faço? Sento no computador e escrevo o que é opinativo: esse árbitro errou muito a favor do Time X. É o que eu tenho direito a fazer. Não tenho provas, não falo. Ou melhor, falo na rua. Na hora de escrever, sou honesto com a minha profissão.

Desculpem o desabafo mas já estou cansado de ser ofendido por conta da falta de cuidado e da leviandade de famosos.

Essa história de apito amigo faz muito mal para o jornalismo. E eu gosto mais de jornalismo do que de futebol.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.