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Usain Bolt, o Cavaleiro da Esperança. A vitória do bem

Menon

27/08/2015 10h29

Bolt vence Gatlin com sobras e é tetracampeão mundial dos 200 m

É um mundo em que um centésimo de segundo significa milhões de dólares na conta.

É um mundo em que um centímetro significa a riqueza nababesca substituindo a riqueza sem adjetivo

É um mundo sujo em que o doping domina.

É um mundo sujo em que países como Catar, Suíça e Espanha compram carne fresca no mercado. Em que atletas trocam de nacionalidade por dinheiro.

Em um mundo assim, é importantíssimo que um jamaicano limpo, sem doping, vença. Correndo pela Jamaica.

Usain Bolt é a salvação do esporte. Ao vencer Gaitlin duas vezes, ele manda um recado ao mundo: é possível ser um esportista limpo. É possível ser um campeão limpo.

Bolt, ao desacelerar no final dos 200 metros, mostra que o doping é o mal. A cada vitória sua, vem a memória o que a RDA fazia nos anos 80, um doping que beirava a experimento genético. A cada vitória de Bolt, se lembra dos 10s49 de Florence Griffith-Joyner em 1988.

Inexplicáveis 10s49. Explicados de maneira horrível com sua morte aos 38 anos.

Torcer por Bolt, vibrar com sua desaceleração nos 200m (aquilo é comparável com um olé no futebol), ver que ele é mais carismático que o Dream Team, é muito bom para quem acredita em esporte limpo.

Obrigado, Mr. Bolt

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.