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Casal de Rey: "não serei candidato, não quero ser desleal com o clube"

Menon

19/10/2015 13h36

Fernando Casal de Rey, presidente do São Paulo de 1994 a 1998, é cotado como um potencial candidato à eleição do São Paulo. Alguém com força para rivalizar com a candidatura de Leco. Uma possibilidade que ele nega, em conversa com o blog.

O senhor será candidato?

Não. O São Paulo vive um momento muito difícil e o presidente precisa se doar muito ao clube. Precisa estar presente em todos os momentos e precisa comandar, embora haja muitos diretores. Eu não tenho esse tempo. Por vaidade, não seria desleal com o clube.

Haverá uma outra chapa?

Acho muito difícil. É uma possibilidade muito remota, embora ainda tenha gente conversando e se articulando. Mas a falta de tempo torna difícil a montagem da chapa?

Falta de tempo?

Sim. O Leco marcou as eleições para 15 dias. Poderia ter marcado para um mês, com muito mais tempo para que o assunto fosse discutido. Ele mesmo teria tempo para fazer sua campana, para expor sua plataforma, para dizer o que vai fazer. Preferiu por outro caminho, que eu não acho o melhor.

Se não houver outra chapa, o senhor vota nele?

Muito difícil, justamente por isso que falei. Não se sabe o que ele pretende fazer. Por que votaria nele, ainda mais se pensarmos que é uma candidatura oriunda do mesmo grupo do Carlos Miguel, candidatura a quem me opus.

O senhor estava com o Kalil Rocha Abdalla….

Sim. E como foi importante ter duas chapas. Se não houvesse uma oposição forte, talvez tudo o que está aparecendo de errado continuasse escondido. O próximo presidente precisa abrir essa caixa-preta, precisa de uma auditoria realista e transparente. O que se passava na cabeça dessas pessoas que fizeram isso com o São Paulo?

O senhor se prejudicou financeiramente ao ser presidente do clube?

Houve sequelas, sim. Minha empresa é a Vidraçaria Piratininga e eu me afastei dela naquele período. Meus dois filhos trabalharam muito, fizeram tudo o que era necessário, mas faltava o comandante, que estava dirigindo o São Paulo. E hoje, meus filhos cuidam de seus negócios. Nem poderiam me ajudar da mesma maneira que fizeram da primeira vez. E houve também um inconveniente pessoal. Não pude acompanhar da forma necessária o crescimento de meu filho mais novo.

Diga uma coisa importante a ser feita no São Paulo?

É necessário acabar com tanta divisão, com tanto grupo. O novo presidente precisa escolher os melhores, os mais capazes e os que tem mais tempo para o clube, independentemente de tanta divisão. Só assim vai haver pacificação.

ess

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.