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Brasil, Uruguai e Argentina. Os três gigantes vencem

Menon

17/11/2015 23h08

Pela primeira vez em quatro rodadas, os três gigantes da América – donos de nove títulos mundiais – venceram na mesma etapa. E colocaram um pouco de ordem na confusa eliminatória, que tem o Equador 100% na frente. E na próxima, eles recebem  Paraguai.

Brasil 3 x Peru 0 – Em termos de resultados, cumpriu sua obrigação. São três pontos obrigatórios vencer este Peru, que tem Guerrero e Farfán e más nada.

Mas não é só isso. O Brasil mostrou coisas boas.

1) Douglas Costa, como no segundo tempo contra a Argentina, foi o melhor em campo. Fez um gol, teve participação em outros dois e se firmou como o companheiro indispensável de Neymar.

2) Willian fez outra partida consistente. Ataca com qualidade e deixa sua cota de suor para ajudar a defesa. Bye Bye Oscar.

3) Gil fez uma partida correta e segura. Não saiu da área como um caçador que não guarda posição. Isto é coisa de David Luiz, o rei da selfie. Dunga pode pensar em nos poupar e se poupar dos sustos de David Luiz.

4) Renato Augusto fez um bom segundo tempo e marcou um belo gol. Comemorou com gosto, com raça, beijou a camisa. Muito importante, uma comemoração sem dancinha e sem louvor ao Divino.

Que venha o Uruguai, novamente com Suárez.

Argentina 1 x Colombia 0 – A seleção de Martino foi a Barranquilla para um jogo que poderia determinar, em caso de derrota, a nona posição para os argentinos. E o fim do ciclo Martino.

Como o Brasil, não foi brilhante, mas cumpriu seu papel com louvor. Fez mais do que a obrigação, pois outros times terão dificuldades para fazer três pontos em tierras cafeteras. E a Argentina não teve Messi, Aguero, Tevez, Zabaleta e Garay. Teve lucidez e jogo coletivo para fazer um gol e manter a vantagem. No final do jogo, chegou a completar 18 toques seguidos, antes de um gol erradamente anulado. Voltou à briga. Na próxima rodada, sai para enfrentar o Chile, outra dureza.

Uruguai 3 x Chile 0 – Tinha uma conta pendente contra o Chile y el dedón de Jara. E ganhou fiel ao seu estilo. Uma defesa muito forte e contra-ataque letal. E, com um dado a mais. Aproveitou muito bem as falhas da defesa chilena no jogo aéreo. Não esqueçamos que Medel tem apenas 1,71m.

Em uma eliminatória muito equilibrada, como se anuncia esta edição, e muito importante o Uruguai vencer rivais como Colombia e Chile, sem contestação. E, detalhe, imenso detalhe.

Suárez ficou fora dos quatro jogos

Cavani ficou fora de dois jogos

Tabarez ficou fora de dois jogos

Arevalo Rios ficou fora de dois jogos

Caceres e Maxi Pereira se ausentaram por um jogo.

Mesmo assim, conseguir 75% é uma credencial muito boa.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.