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Leco está certo em não apagar incêndio com gasolina

Menon

23/11/2015 16h16

O presidente Leco chegou à sala de coletivas do São Paulo com olheiras maiores do que o habitual. Estava muito abatido, fruto de "uma noite mal dormida, com poucas horas de sono". Para referir-se à goleada sofrida para o Corinthians recorreu a termos como momento trágico, triste, desastroso, triste acontecimento, perplexidade, indignação, profunda tristeza.

Falou em seriedade, planejamento, restituição de valores, enfrentamento de questões estruturais, pediu apoio de torcedores e conselheiros.

E não anunciou nada de concreto.

Está certo. De que adiantaria demitir Ataíde Gil Guerreiro no momento? O que adiantaria trocar o treinador? O que adiantaria afastar jogadores? Tomemos Lucão, como exemplo. É o segundo jogador do elenco com melhor mercado internacional, depois de Rodrigo Caio. É capitão da seleção olímpica. Expo-lo ao ridículo e a um afastamento significaria apenas menos dinheiro em caso de venda.

Leco estaria errado se nada fizesse após o final do Brasileiro. E ele garantiu que fará.

1) prometeu um treinador moderno, que privilegie aproveitamento da base

2) não garantiu a permanência de Ataíde Gil Guerreiro, disse que está sendo avaliado como todos os outros diretores

3) prometeu um time técnico mas competitivo

4) disse uma frase interessante: "jogador do São Paulo tem de sofrer com a derrota. Se perder vai ter de sofrer, tem de ter sentimento".

5) Prometeu reformulação no elenco

A partir dessas promessa, Leco precisa ser cobrado. Falta pouco tempo. Fazer alguma loucura agora, seria o mesmo que tentar apagar incêndio com gasolina.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.