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Menon

G-4 que me perdoe, mas hoje é dia de título. Muito mais importante

Menon

02/12/2015 10h43

O grande poeta Vinícius de Moraes, em um dia de machismo explícito, cunhou a frase: "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". A Turma do Pasquim pegou a frase e fez uma versão mais forte. Quase pornográfica. E como esse blog é de família, eu não vou repetir. Apenas darei uma dica. A estrutura da frase é a mesma. Com "sereias" em vez de feias e algo em vez de beleza.

Agora, eu digo: o G-4 (exceção ao Corinthians) que me desculpe, mas hoje e dia de título. Santos ou Palmeiras será campeão. Ganhará um troféu. A torcida terá o que contar. Novos ídolos surgirão. Algum jogador de pouco nome no futebol poderá ter o gol decisivo. Lembram-se de Betinho, camisa 33 de 2012?

Há uma tendência em se valorar os campeonatos brasileiros como – e apenas isso – uma porta para a Libertadores. E eles são muito mais do que isso. Nesse modo errado de entender as coisas, o vencedor de hoje tem o mesmo valor que Atlético, Grêmio e São Paulo (ou Inter). Todos terão conquistado uma vaga para a Libertadores. Ora, e a alegria, e o abraço aos amigos, o punho levantado, o urro solitário, o grito na janela, a ida à Paulista, onde é que fica tudo isso?

A ida à Libertadores tem servido para mascarar trabalhos mal feitos. O São Paulo, se conseguir um empate no domingo, estará na Libertadores. Tem motivos para comemorar, é um torneio importante. Mas se achar que tudo está bem, que a camisa pesa, que tem 16 clubes piores, ah vai continuar nessa nhaca em que está hoje. Não é possível que estar no G-4 esconda o fato de que o São Paulo tem VINTE E UM PONTOS a menos que Corinthians.

Até o título paulista, tão desvalorizado, vale mais que o bilhete para a Libertadores.

Por isso que hoje é dia gritar

Ele permite ao torcedor soltar o grito.

É CAM PE ÃO.

Viva Palmeiras e Santos, os gigantes que disputam este privilégio

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.