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Saída de Marciel seria caso de CPI

Menon

19/01/2016 14h49

Com as saídas de Ralf, Renato Augusto e Jadson, o Corinthians arrecadou em torno de R$ 30 milhões. Com a saída de Gil, aproximadamente R$ 40 milhões. Se Pato sair – o que parece cada vez mais perto – seriam mais R$ 30 milhões. Ou seja, o elenco sofreu um bom desmanche, mas o clube arrecadou em torno de R$ 100 milhões.

O que torna ainda mais escandalosa a possível saída de Marciel. Há a possibilidade de o jovem e talentoso jogador, com 20 anos, ser trocado por um ano com o esforçado Williams, de 29 anos. Um negócio que não tem explicação lógica.

É só pensar nas consequências. Imagine que Marciel consiga mostrar em Minas o bom futebol que todos dizem ter. Está na hora de desabrochar e isto pode acontecer a qualquer hora. Então, o Cruzeiro faria de tudo para ficar com ele. Tentaria pagar multa, tentaria convencer o menino que já estaria lá. E como disse o ético Ronaldo: "jogador quando quer sair, sai. Ninguém segura".

Só há uma possibilidade de um negócio assim não ser péssimo para o Corinthians: se, antes da troca, houve a prorrogação do contrato por um ano. E uma cláusula pétrea, muito bem explicada, deixando claro que sua volta seria um feito daqui a um ano.

Jornalista tem de ser responsável ao falar as coisas. Aliás, jornalista não, todo cidadão. Não dá para jogar insinuações no ar. Mas que tem cheiro ruim, tem. No mínimo de burrice.

Como cheira pessimamente o que Neymar fez com o Santos. Ficou com 90% do negócio e deu uma gorjeta para o clube que o revelou. Como tem pinta de burrice o empréstimo de Ewandro, do São Paulo, para o Furacão.

São negociações assim que comprovam o que todos sabem: o dirigente de futebol brasileiro não está à altura da grandeza do clube que dirige.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.