Topo

Menon

Leco faz gol para a Alemanha e se aproxima de Aidar

Menon

20/01/2016 17h02

Há pouco tempo escrevi um perfil do presidente Leco para o UOL. Falei que seria impossível imagina-lo, como seu antecessor,  ajudando o presidente de alguma torcida organizada do clube a arrumar a gravata, imagem que ficou marcada no carnaval passado.

Continuo achando. Mas, após entrevista aos ótimos Adriano Maneo e Camila Mattoso, da Folha, a diferença é menor. Ele, que tem o dom da sinceridade, afirma que dá verba para as organizadas participarem do carnaval. E também dá ingressos para jogos. Para o meu modo de entender futebol, o verbo afirma, aí em cima, deveria ser trocado por confessa.

Dá dinheiro e dá ingresso a pessoas violentas. Violência que Leco resume na própria entrevista. Diz que jogadores comemora gol com o símbolo da Independente porque tem medo de levar dura. Diz que os torcedores, há alguns anos, ameaçaram matar um jogador supostamente gay.

Um homem de 75 anos, advogado, preparado, presidente do São Paulo, confessa – vou usar o termo – que sabe tudo sobre violência das organizadas e que continua ajudando essa gente. Com dinheiro e com ingressos.

O nome é conivência. Cumplicidade. Inclusive de futuros crimes.

Muito triste para o futebol brasileiro.

Leco fez um gol para a Alemanha

Abaixo, as entrevistas que enviei a Leco há dois dias. Ele avisou que não irá responde-las.

 

Presidente Leco

1) O senhor , como presidente do São Paulo, compactua com os delinquentes da torcida organizada?

2) A diretoria que o senhor preside ajuda financeiramente estes grupos?

3) A diretoria que o senhor preside ajuda de alguma forma estes grupos?

4) O que o senhor pretende fazer para que esses torcedores organizados não ganhem dinheiro comercializando símbolos do São Paulo?

5) É verdade que a Torcida Organizada pagou mais barato que os sócios torcedores no jogo de despedida de Rogério Ceni?

6) O São Paulo ajuda as escolas de samba Independente e Dragões da Real?

7) O que o senhor acha de um jogador como Kieza, antes de ser anunciado oficialmente, aparecer nas redes sociais com um boné da Torcida Independente?

Atenciosamente

Menon

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.