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Erik mais Jesus. Por que não, Marcelo?

Menon

24/01/2016 00h58

Se em uma disputa de pênaltis, o goleiro defende duas vezes e ainda faz um gol, qual a possibilidade de derrota? Pouca. Mas aconteceu contra o Palmeiras de Fernando Prass. Graças aos erros de Dudu, Allione e Gabriel Jesus.

Seria ótimo ganhar o título. Sempre é, não interessa a magnitude do torneio. Não deu? Então é bom olhar para o lado cheio do copo. O Palmeiras teve um teste muito bom. Enfrentou o Nacional, um time que está em seu grupo na Libertadores. Daqui a três semanas se cruzarão novamente. Com muito mais público, é lógico.

Mas, independentemente dos grandes vazios no Estádio Centenário, era uma prévia da Libertadores. O Palmeiras não jogou bem, mas empatou um duelo muito tenso, com jogadas duras. E, sejamos justos, Moisés foi o mais violento. Merecia a expulsão.

Fiquei com a impressão que Marcelo Oliveira, de forma proposital, armou o time para ficar na defesa e apostar no contra-ataque. Posse de bola não foi sua intenção primeira na partida. Talvez estivesse preparando o time para uma situação de jogo que deverá encontrar na Libertadores, quando a partida será no estádio do Nacional, o Parque Central, com capacidade para 30 mil pagantes. Um caldeirão.

O treinador fez várias experiências. Trocou cinco jogadores. E não fez a que eu gostaria de ver: um ataque bastante móvel, sem homem de área fixo. Com o quarteto Erik, Jesus, Robinho e Dudu. Não chamem de quarteto mágico, por favor.

Aos 15 minutos, ele colocou Jesus em lugar de Alecsandro. O garoto mudou o jogo, deu muito mais ritmo e velocidade. Dez minutos depois, trocou Erik por Rafael Marques. E mais um pouco, tirou Robinho e entrou Allione.

Gosto de equipes com um homem de área. Centroavante é muito bom. Porém, se formos falar em situação de jogo prevista, acredito que velocidade mais habilidade é importante para contra-ataques letais.

Não houve o dueto de joias. Jesus, 18, e Erik, 21, estiveram pouco tempo juntos. Fica para a próxima? Não acredito. Parece que nesse baile há apenas uma noiva para dois pretendentes.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.