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Menon

Grande derrota da CBF. Vitória do futebol

Menon

28/01/2016 08h34

Nunca foi tão fácil distinguir o certo do errado. Mesmo que o certo não seja tão certo assim. A Primeira Liga tem seus problemas, suas brigas internas, mas não há dúvida. É o lado que merece o apoio de quem gosta de futebol. De quem gosta de futebol brasileiro. Afinal, do outro lado está a CBF. E, amigos, quando estivermos na dúvida, sigamos o lado contrário ao da CBF.

CBF de Ricardinho Teixeira, CBF de Zé da Medalhas, CBF de Monsieur Havelange, CBF de Galã del Nero e CBF de Walter Feldman, o comunista que virou ecologista e agora é entendido de futebol. Só para ficarmos em um exemplo, o menos torpe de todos. Feldman era secretário de esportes da Prefeitura de São Paulo, na gestão Kassab. O prefeito o enviou a Londres seis meses antes da Olimpíada de 2012. Iria se aperfeiçoar na gestão de grandes eventos. Afinal, a próxima Olimpíada seria no Rio. Então, o contribuinte paulistano pagou suas férias para aprender como se faz um evento que seria no Rio. Eu ainda não entendi.

Então, é bom estar do outro lado desta gente.

E 15 clubes brasileiros deixaram bem claro que estão. Enfrentaram ameaças, enfrentaram jogo duro e a primeira rodada da Primeira Liga saiu. Foram quatro jogos, com publico total de 56 mil pagantes. Média de 14 mil. Muito maior do que jogos dos estaduais. Flamengo e Galo teve público de 30 mil. Quanto daria Flamengo x Macaé? E Galo x Tombense?

Louvável a atitude do ministro George Hilton, que fez questão de comparecer ao jogo entre Galo x Flamengo. Compareceu e disse apoiar a realização do campeonato. Necessário dizer também que em cinco anos de mandato, a presidente Dilma Rousseff sempre esteve longe dos comandantes da decadência do futebol brasileiro, incrustrados como ferida gangrenada na pele.

A CBF estrebucha. Promete reclamar na Fifa. É como se um meliante fosse reclamar diante do sindicato de meliantes. CBF e Fifa fazem parte de uma mesma estrutura, mais sua que pau de galinheiro.

Que esta demonstração de força dos clubes diante de um adversário tão desgastado seja o início de uma nova era.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.