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Menon

Edu Ferreira é Gavião. E isto não é problema nenhum

Menon

06/02/2016 12h48

Conheço o Eduardo Ferreira há tempos. Desde 2006 a 2010 quando era setorista do Corinthians, no Agora e ele era torcedor da Gaviões. Eles estavam na batalha para derrubar o Dualib, o que conseguiram. Sempre me tratou muito bem, um cara afável, bem educado. Chegamos a almoçar juntos em um posto na estrada, acompanhando jogo do Corinthians no interior.

Agora, Edu é diretor do Corinthians.

Tem enfrentado uma situação terrível com o assédio do dinheiro chinês e a busca de reposição.

Na minha opinião, já retratada aqui, o trabalho – que não é só dele – tem sido bem feito.

Quando da apresentação de Balbuena, discordei muito de duas afirmativas de Edu. A primeira, de que houve falta de ética do São Paulo. A segunda, quando deu estocada no adversário, dizendo que não era tão grande como o Corinthians. Um tipo de frase bobinha, que não leva a nada.

Mas, o assunto aqui é outro. Na minha TL, há críticas ao Edu não somente pelo que ele falou, mas por sua origem. Por ter vindo da arquibancada.

E não vejo nada de errado. Inclusive, acho ótimo que os clubes passem a ser mais democráticos, permitam a participação de seus sócios. Deveriam deixar que sócios-torcedores participassem das decisões administrativas do clube. Torcedores comuns deveriam ser ouvidos.

Esta seria uma relação clube-torcida muito mais saudável do que o que temos hoje, quando clubes dão dinheiro para Carnaval e privilegiam torcedores organizados em relação a sócios-torcedores na hora da compra de ingressos.

Não gosto de torcida organizada. Para mim, por mais que seus dirigentes fossem – alguns são – bem intencionados e pessoas honestas, eles não conseguem mais – será que conseguiram um dia?- "segurar a massa" e o que se vê é um festival de violência, com brigas marcadas pela Internet e mortes constantes.

Muito melhor que haja direito à participação política e ascensão do torcedor dentro da política do clube. Como é o caso do Edu, que, repito, sempre foi um cara do bem, muito educado, afável e respeitoso nos contatos que tivemos.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.