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Menon

Tite vence. Sem sustos

Menon

14/02/2016 18h07

Antes de analisar o jogo, vamos falar de dois personagens especiais.

1) Luis Flavio de Oliveira – a torcida do São Paulo estava apreensiva com sua escalação. Fiz até um post sobre isso. E a verdade é que ele não influenciou em nada o jogo. Pode ter errado um cartão ou outro, mas nada tem a ver com o resultado. Quando forem citar que ele apitou 8 clássicos do São Paulo, com sete derrotas e uma vitória, deveriam lembrar que nada fez de errado nesse 2 a 0 em Itaquera.

2) Lucão – Entregou um gol, falhou feio no segundo e atrasou bolas horríveis para Denis. Pode-se dizer que ele fez o placar do jogo, mas vamos tentar entende o que aconteceu sem personalizar toda a culpa nele. Aliás, sobre ele escreverei amanhã. Personagem da semana.

Afastados os dois personagens, um terceiro se levanta: Tite. Nenhum treinador perdeu tanta gente como ele. Nenhum time tem os 100% de aproveitamento que o Corinthians tem. Não interessa quem joga, o cara entra em campo sabendo o que fazer em várias situações possíveis.

É um time bem estruturado, que sabe o que fazer em campo. Reconstrução? Isso é para os fraco, o Corinthians de Tite sempre está construído.

No primeiro tempo, houve domínio tático e técnico do Corinthians, principalmente na construção de jogadas. Ela vinha de trás, com os volantes, com bons passes. O São Paulo, não. Apostava em chutões.

O domínio do Corinthians não se demonstrou em chutes a gol. O time ainda precisa melhorar. Mas, esquecendo isso, foi bem melhor. E foi presenteado com o gol da dupla Lucca-Lucão.

No segundo tempo, o São Paulo melhorou e pressionou muito. Iago cometeu um erro grave, como Lucão, mas Cássio impediu o gol de Calleri.

E Yago se redimiu, fazendo o segundo gol. Poderia estar sendo criticado como Lucão, que, salvo engano, é três anos mais novo.

Enfim, é tentador justificar a derrota com uma verdade: se não fosse Lucão, seria empate.

Seria um grande erro fazer isso e não ver que o Corinthians, de Tite, está muito mais bem armado do que São Paulo, Palmeiras e Santos.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.