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EI quer disputa com Sportv e paz com a Globo

Menon

22/02/2016 06h00

A estratégia do Esporte Interativo na  luta pela conquista dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2019, se baseia em dois pontos principais.

1) Explicar que sua proposta deve ser comparada com o SporTv e não com as Organizações Globo.

2) Deixar claro que não pode haver retaliação (diminuição das cotas atuais) da Globo para quem não optar pelo Sportv como plataforma de televisão fechada,

A oferta de R$ 560 milhões pelos direitos da TV fechada devem ser comparados com os R$ 100 milhões oferecidos pelo Sportv. E não com os R$ 1,1 bi oferecidos pelas Organizações Globo para a transmissão em duas plataformas: tv fechada e aberta.

Ou seja, explica-se aos dirigentes de clube que as negociações são separadas. É possível aceitar a proposta do Esporte Interativo (R$ 560 milhões) para a TV fechada e a da Globo, de R$ 1 bilhão para a tv aberta.

Há uma queixa velada de que a Globo não explica esse desmembramento e prefere sempre falar em R$ 1,1 bilhão.

Uma diferença simples, mas que ainda não foi entendida por todos.

Na batalha pelo convencimento, a partir do conhecimento dos números e do aprofundamento das propostas, há indícios de que dirigentes dos clubes começam a ouvir com mais atenção e ver com bons olhos a oferta do EI!

E a Globo pode, caso um clube aceite o oferta do EI! para tv fechada, diminuir a cota oferecida atualmente ao mesmo clube para a tv aberta?

Nesse caso, haveria intervenção do Cade (Conselho Administrativo da Defesa Econômica) que, inclusive foi incisivo na última negociação, quando impediu cláusula de preferência e obrigou a negociação dividida em três plataformas: teve fechada, aberta e pay-per-view.

Uma emissora só pode transmitir os jogos que reunirem dois clubes que tem contrato com ela.

O mercado trabalha também com movimentação no meio jornalístico, caso os direitos sejam conquistados pelo EI!. Haveria contratações para reforçar a atual equipe, que já trabalha em competições importantes como a Liga dos Campeões e a Liga do Nordeste.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.