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Menon

Teto cai sobre a arrogância da Fiel

Menon

24/02/2016 12h06

A queda de parte do teto da Arena Corinthians, localizado próximo à área VIP do estádio merece e precisa ser tratada com muita seriedade. O estádio tem apenas um ano e meio de vida e não deveria estar sofrendo problemas desse tipo. Antes, houve casos de menor importância, como infiltração nas lanchonetes e a abertura de dois buracos, conforme contou o Blog do Perrone.

Tudo o que for feito deve ser feito às claras. Um comunicado aos torcedores é fundamental. Se vai ser feito via imprensa ou não, é secundário. O importante é mostrar o que está sendo feito para resolver o problema.

Vidas não podem correr riscos.

A queda do teto acrescenta um dado às chatíssimas discussões secundárias e terciárias que envolvem o futebol, principalmente nos tempos de hoje. Nos bares, nas reuniões familiares, as brigas – no bom e mau sentido – não se restringem a saber quem é o melhor goleiro, melhor zagueiro ou atacante.

É possível ouvir que meu time tem mais sócio torcedor que o seu, o Alexandre Mattos é melhor que o Edu Gaspar, que é melhor que o Gustavo Oliveira que deixa o Mattos no chinelo, que a minha fornecedora de camisas é muito melhor que a sua e que o vinho licenciado em Itaquera é melhor que o do Morumbi.

Nessa questão, o estádio também entra. E não é de agora. O são-paulino sempre colocou o Morumbi como ponto alto na discussão. Até hoje, nas arquibancadas, uma música grita "não alugo estádio"… Ultrapassada pelos fatos.

Com o Itaquerão, passou a vez do até então franciscanos fieis vestirem o manto da arrogância. Passaram a tratar os outros estádios como peça de literatura ultrapassada, como mausoléus.

O conceito arena x estádio entrou nos lares brasileiros.

E agora, vem a queda do teto. O que dirá a Fiel sobre sua moderna arena? O que responderão os outros?
Aguardemos.

Bom mesmo é falar de futebol.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.