Fagner, a certeza de Tite
Em 2006, eu era setorista do Corinthians. Havia assumido o posto no Agora, quando Mauro Beting deixou o jornal e foi para o Lance! Vitor Guedes, que era o setorista, passou a ter uma coluna e eu, que havia deixado o Jornal da Tarde, consegui um novo emprego.
No final do ano, Leão lançou o garoto Fagner, com 17 anos, no Ceará, contra o Fortaleza. O time venceu por 4 a 0. Pedi várias vezes por uma entrevista e nada, Depois de 7 partidas, o contrato terminou e ele foi para a Holanda.
Isso me marcou muito. Sempre pensei no absurdo da situação. Um clube que perde um garoto de 17 anos. Assessores de imprensa impedirem um garoto de 17 anos que faz sucesso em um gigante do futebol mundial ser impedido de falar para sua torcida, de ser apresentado aos fiéis torcedores. E empresários que impedem um garoto de 17 anos de ser ídolo, em troca de dinheiro do PSV.
Oportunidades perdidas
Ele esteve no Wolfsburg, esteve no Vasco e voltou ao Corinthians em 2014. Veio substituir Alessandro, sempre regular, que havia se aposentado.
E Fagner se firmou como um dos mais regulares jogadores do time. Os números mostram isso:
2014 – 54 jogos – 2 gols – 4 assistências
2015 – 51 jogos – 2 gols – 4 assistências
2016 – 11 jogos – 1 assistência
Ele se destaca nos desarmes. Em 2014, foi o melhor do time no Brasileiro, com 81,69% de acertos. Em 2015, foi o terceiro, com 82,4% de acertos.
São números que se chocam com o estilo inicial, quando atacava muito mais. Mano Menezes, que havia pedido sua contratação, começou a evangelização para que guardasse mais a posição.
A mudança ocasionou o fim da críticas. No final do ano, fez um contrato de 4 anos. Com Tite, melhorou ainda mais na marcação e passou a usar seu poder de explosão no momento exato. Velocidade na transição e bons passes. Foi ajudado por Silvinho, ex lateral do clube e do Barcelona, que era auxiliar e se encarregava de treinar laterais.
Hoje, o jogo é no Paraguai. Se o torcedor teme alguma coisa, não é pela direita de sua defesa.
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