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Paulo Nobre trata Palmeiras como um brinquedo

Menon

11/03/2016 18h29

O presidente Paulo Nobre está no seu último ano à frente do Palmeiras. Já foi reeleito e, segundo o estatuto, não poderá competir pela terceira vez seguida. Será difícil para ele ficar longe do clube que dirige como uma propriedade particular, um brinquedo muito caro.

Paulo Nobre, um milionário, colocou muito dinheiro no clube. Vai receber tudo de volta, através de um acordo que não prejudica o clube. Talvez por isso se sinta cada vez mais dono.

Já repararam que todo novo contratado do Palmeiras em 2016 chega ao clube dizendo que a meta é ser campeão do mundo? Todos pensam isso? Todos? Ou estão apenas repetindo um discurso ufanista do presidente? Presidente que se comporta como torcedor, que levanta taça e usa máscara de Ricardo Oliveira.

Paulo Nobre trata o estádio do Palmeiras como o estádio do Palmeiras. E de mais ninguém. Ele gostaria que nenhum torcedor de outro time aparecesse por lá. Faz de tudo para que não haja torcida rival. E gostaria que a torcida do Palmeiras nem acompanhasse o clube em outros campos. Não gosta de torcida, já disse que lugar de criança é em casa.

Nobre não é de diálogo. Fernando Galluppo, sócio do clube gosta de dizer eu ele constrói muros em vez de pontes. "Foi assim com as organizadas, foi assim com a torcida do Rosario Central, quer o campo apenas para ele e foi assim com a Fox. Não conversa nunca".

Os jogadores do Palmeiras são proibidos de dar entrevista à Fox porque Nobre se irritou com brincadeiras e ironias feitas pelo jornais Mano, do Fox Sport Radio, em relação ao departamento médico do clube. Já havia sido assim quando proibiu participação de jogadores no programa de Neto.

Galuppo reclama muito da decisão de Paulo Nobre em terminar com o basquete palmeirense, que não está mais no NBB. "Ele disse que o custo de R$ 4 milhões por ano era muito dinheiro e acabou. Não aceitou nenhum argumento e o clube agora só participa das categorias de base.

Em três anos de comando, Paulo Nobre terá seu sexto treinador, possivelmente Cuca. Passaram por lá Gilson Kleina, Gareca, Dorival Jr., Osvaldo e Marcelo, ambos Oliveira. Ele tem pressa. Quer títulos antes que o brinquedo se vá.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.