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Peso da camisa amarela conseguiu um ponto em Assunção

Menon

30/03/2016 00h03

O Brasil conseguiu um ponto em Assunção porque é uma seleção com cinco títulos mundiais, porque aquela camisa amarela já foi envergada por Pelé, Garrincha, Romário, Didi e tantos outros craques. É uma camisa que tem passado, que tem peso, uma camisa que assusta, que intimida, que joga por si.

Só isso explica a maneira acovardada como o Paraguai se portou após fazer o segundo gol, logo a seis minutos do segundo tempo. A partir daí, diminuiu o ritmo. Depois recuou. E, recuado, tomou o primeiro gol. E, tomado o primeiro gol, formou um muro com dez jogadores à frente de Justo Villar. Desistiu do jogo. Apostou apenas em chutões. E foi castigado.

Dunga não teve méritos? Teve, sim. Reagiu, o que não estava acontecendo. (

Na verdade, a maior contribuição de Dunga está escrita no primeiro parágrafo e não no terceiro. Como volante muito bom na marcação, com bom passe e capacidade de chutar de fora da área, além da liderança inconteste, Dunga ajudou a construir a mística da camisa amarela, ainda temida em alguns lugares. Pelo menos, em Assunção.

Como treinador, sua contribuição foi pequena. O Brasil, passadas seis rodadas, tem 9 pontos ganhos. Apenas 50% de aproveitamento. Está em sexto lugar, atrás de Uruguai, Equador, Argentina, Colômbia e Chile. Só ganha do Paraguai nos critérios técnicos.

O Brasil precisa de mais. Muito mais.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.