Peso da camisa amarela conseguiu um ponto em Assunção
O Brasil conseguiu um ponto em Assunção porque é uma seleção com cinco títulos mundiais, porque aquela camisa amarela já foi envergada por Pelé, Garrincha, Romário, Didi e tantos outros craques. É uma camisa que tem passado, que tem peso, uma camisa que assusta, que intimida, que joga por si.
Só isso explica a maneira acovardada como o Paraguai se portou após fazer o segundo gol, logo a seis minutos do segundo tempo. A partir daí, diminuiu o ritmo. Depois recuou. E, recuado, tomou o primeiro gol. E, tomado o primeiro gol, formou um muro com dez jogadores à frente de Justo Villar. Desistiu do jogo. Apostou apenas em chutões. E foi castigado.
Dunga não teve méritos? Teve, sim. Reagiu, o que não estava acontecendo. (
Na verdade, a maior contribuição de Dunga está escrita no primeiro parágrafo e não no terceiro. Como volante muito bom na marcação, com bom passe e capacidade de chutar de fora da área, além da liderança inconteste, Dunga ajudou a construir a mística da camisa amarela, ainda temida em alguns lugares. Pelo menos, em Assunção.
Como treinador, sua contribuição foi pequena. O Brasil, passadas seis rodadas, tem 9 pontos ganhos. Apenas 50% de aproveitamento. Está em sexto lugar, atrás de Uruguai, Equador, Argentina, Colômbia e Chile. Só ganha do Paraguai nos critérios técnicos.
O Brasil precisa de mais. Muito mais.
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