Clima quente. Fora e dentro de campo
Futebol é paixão. E um jogo de futebol é o caminho lógico para que outras paixões sejam externadas. Na Copa do Mundo, foram comuns vaias e ofensas misóginas à presidente Dilma. Agora, com o atual clima político, as vaias voltaram. O ex-presidente Lula também é vítima delas. Mas há gente que está se posicionando, se não a favor de Dilma, contra o processo de impeachment, comandado por Eduardo Cunha, que pretende abreviar seu mandato.
A repórter Gabriela Moreia flagrou uma faixa conjunta das torcidas organizadas de Flamengo e Vasco no jogo de Brasilia.
M O coletivo Democracia Corintiana também decidiu apoiar a movimentação a favor de Dilma. A Torcida Palmeiras antifascista também se movimenta e participou dos atos de 18/3.
A torcida do Furacão, há algumas rodadas, levou uma faixa de apoio ao procurador Sérgio Moro, considerando-o como um herói.
É muito importante que os campos de futebol sejam palco de manifestações políticas em um momento que o Brasil vive grande discussão sobre seu futuro.
Mas o futebol é tão apaixonante que causa discussões não apenas dentro de campo. Atualmente, há uma luta entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos de transmissão do campeonato brasileiro, na tv fechada, a partir de 2019. Tudo caminhava nos bastidores, até que o EI avançou o sinal. E colocou, em sua pagina no facebook um texto sobre o assunto.
Defendeu seus pontos de vista em público, abertamente, abrindo um pouco de luz sobre negociações financeiras que sempre, principalmente quando envolvem muitos milhões, ficam na penumbra.
A Globo vai responder? Tomara.
Que a discussão entre as gigantes da televisão resulte em avanço do futebol brasileiro, com muito dinheiro nos cofres dos clubes e que – sonho meu – os nossos craques continuem por aqui por um bom tempo. Que não saiam do Brasil ainda imberbes.
E que a discussão política sirva para que o Brasil cresça, para que as pessoas aprendam a conversar, sem rancor e sem ódio.
A luta pelo mandato de Dilma vai terminar. O Brasil vai continuar. E pouca gente deseja que nosso país se transforme em um Fla Flu do ódio, em que uma médica decida não atender uma criança porque sua mãe é de um partido que a doutora odeia. Mas isso está longe de acontecer, é apenas uma ilação, uma distopia.
Viva o Brasil.!!!
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