Topo

Menon

Luiz Cunha explica chegada de Pintado. Para mim, é um risco

Menon

04/04/2016 16h35

Conversei com Luiz Cunha, diretor de futebol do São Paulo. Ele explicou que a contratação de Pintado tem a ver com a antiga missão de Milton Cruz. Nada a ver com a antiga função de Marco Aurélio Cunha. "Ele não será gerente de futebol, um cargo alto, como o Marco Aurélio era. Vai ser um auxiliar-técnico. Fará parte da nossa comissão técnica permanente, juntamente com o Zé Mario, nosso preparador físico e nossos médicos, fisiologistas etc. Quando tivermos um novo treinador, algum dia, ele terá de se adaptar à essa comissão", disse Cunha. Para deixar claro, perguntei então se era o cargo que Milton Cruz tinha antes de ser deslocado para o setor de onde saiu há semanas. "Exatamente".

Eu acho complicado porque a ideia não veio de Bauza, apesar de ele haver sido consultado. Pode haver choque de intenções. Treinador não gosta de sombra. E Pintado, por sua história, é uma sombra. Um próximo treinador assumirá com a torcida pedindo Pintado. Eu também não acho que Pintado tenha currículo suficiente para ser treinador do São Paulo.

"Isso de o currículo dele não ser suficiente para ser técnico nem foi analisado por nós. Porque ele nunca será técnico. Foi contratado para ser auxiliar, para ir ao campo ajudar a treinar jogadores", afirmou Luiz Cunha.

Perguntei ainda a Cunha se a contratação de Pintado não tem a ver com uma desesperada ausência do mito da raça, para a torcida. Pediam Lugano desesperadamente coo se fosse a solução de tudo. Agora, Pintado. Muita gente nas redes sociais fala em Pintado como um gerente dos jogadores, alguém que vai colocar vergonha a cara de alguns jogadores. Cunha foi claríssimo na resposta. "Ele tem grande identificação com o clube e com a torcida. Pode usar isso para servir bem ao clube, mas não foi contratado para isso, para mudar os jogadores. Repito, ele veio para ser auxiliar-técnico, para ser membro de nossa comissão técnica permanente."

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.